O gerente de investimentos do banco Barclays em Moçambique, Alberto Pitoro, defendeu, esta quarta-feira (26), em Maputo, que as taxas directoras estabelecidas pelo Banco de Moçambique (BM) “não têm impactos imediatos” na disponibilidade dos bancos em conceder créditos às pequenas e médias empresas (PME).
É que, para além destas taxas, existem outros factores que influenciam as políticas de financiamento, explicou durante a conferência de imprensa após um Fórum Económico realizado no âmbito dos dez anos desta instituição bancária em Moçambique. Pitoro recordou que cada um dos estabelecimentos bancários que opera no país tem a sua própria política para a concessão de créditos.
Apesar disso, a fonte reconheceu que a decisão do Banco Central de baixar as taxas directoras está a ter, de certa forma, resultados positivos, uma vez que depois desta medida “temos vindo a observar o crescimento de investimento.”
Recorde-se que o Banco de Moçambique baixou, recentemente, as taxas de juro de Facilidade Permanente de Cedência em 50 pontos base, para 9 porcento, e de Facilidade Permanente de Depósito também em 50 pontos base, para 1,75 porcento.
Barclays promete novo serviços
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do banco Barclays para África, Kennedy Bungane, garantiu que a instituição por ele liderada irá introduzir, a curto prazo, novos serviços com vista a responder à dinâmica exigida pela ascendência à classe média de cidadãos moçambicanos.
O líder do Barclays indicou que Moçambique está a registar um crescimento da classe média, o que considera ser “um fenómeno normal de desenvolvimento.” Disse ainda que neste aspecto Moçambique não está isolado, pois o mesmo verifica-se noutros países da África subsaariana.
Entretanto, esta situação impõe ao Barclays a necessidade de introduzir novos serviços virados para este grupo alvo. O PCA desta instituição bancária em África explicou que a este grupo social não tem muito tempo para se dirigir aos bancos, por exemplos, e o banco pretende fornecer canais de utilização dos seus serviços sem que necessariamente as pessoas necessitem se dirigir à instituição.
O fórum que teve lugar esta quarta-feira contou com a participação de economistas seniores do Barclays e diversos clientes da instituição que fizeram a uma análise da situação económica global, regional e local.