As taxas de juro praticadas pelos bancos comerciais activos no país continuam muio elevadas, apesar de o Banco de Moçambique (BM) ter reduzido a sua taxa de directoria em 3,75%, entre meados de 2012 e Agosto de 2013.
A situação está a concorrer para o mercado interbancário moçambicano continuar segmentado entre três ou quatro bancos dominantes, prestando serviços a grandes clientes colectivos, enquanto os pequenos bancos continuam a servir somente empresas pequenas, segundo o Fundo Monetário Internacional (INAM).
A mesma instituição, cuja equipa técnica esteve recentemente em Moçambique a monitorar o desempenho do Governo, no âmbito do programa PSI apoiado por esta instituição, concluiu ainda que o canal de transmissão das taxas de juro dos bancos comerciais ainda é fraco, sublinhando que “as taxas activas médias dos bancos permaneceram praticamente inalteradas”.
A equipa vai mais longe apontando que as autorida- des moçambicanas expressaram durante encontros com os técnicos do FMI grande preocupação com a existência de elevadas taxas de empréstimos e o baixo acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas.
A situação deriva de rigidez estrutural subjacente, cuja solução só virá depois das reformas para baixarem os riscos para os credores e pela promoção da educação financeira e melhoria do clima de negócios de modo mais geral.
Refira-se, entretanto, que a classificação de Moçambique no índice Doing Business 2013 do Banco Mundial apresentou uma melhoria ligeira, pois Moçambique passou da 142a posição, em 2013, para a 139.a posição, em 2014, sobretudo graças às melhorias na concessão de licenças de construção.