Moçambique aumentou em cerca de 50% a taxa de matrículas no Ensino Primário do Primeiro Grau (EP1), entre 1998 e 2010, o mesmo acontecendo em relação à da conclusão da sétima classe que passou de 34%, em 2004, para 50,8%, em 2010.
Igualmente o país registou ganhos significativos no aumento da taxa líquida de escolarização nos alunos de seis a sete anos de idade que passou de 19%, em 1998, para 70%, em 2010, segundo Sophie Naudeuau, do Banco Mundial (BIRD).
“Apesar deste progresso, precisamos de continuar os esforços na melhoraria da taxa de retenção e no aumento das taxas de conclusão, bem como na eliminação das disparidades de acesso em relação ao género e no aumento da qualidade geral do Ensino Primário”, salientou Naudeau, falando por ocasião da aprovação pelo BIRD de mais um financiamento à Educação, em Moçambique, no valor global de 71 milhões de dólares norte-americanos.
O financiamento destina-se a apoiar a implementação do Programa do Governo de Apoio Estratégico ao Sector de Educação (PAESE) para o período de 2011-15.
O financiamento ora aprovado irá ser usado, especificamente, para aumentar ainda mais o acesso à Educação, melhorar a qualidade do ensino, através de programas de formação de professores, produção e distribuição de livros do Esino Pimário gratuito, apoio à reforma curricular na educação primária e secundária; intensificação do apoio directo às escolas e fornecimento de subsídios para os trabalhadores de alfabetização.
A verba irá igualmente financiar acções de prevenção e mitigação do HIV/SIDA no sector e fortalecer a gestão dos sistemas administrativos do sector, através da consolidação das reformas nas áreas de gestão financeira e aquisições, bem como em planeamento, orçamentação e monitoria.
Refira-se que a PAESE é igualmente financiado por países como Irlanda, Finlândia, Alemanha, Portugal, Espanha e Holanda e ainda pelas organizações estrangeiras, designadamente, UNICEF, CIDA-Canada, DFID e DANIDA.
Dois doadores adicionais irão juntar-se ao programa ao longo do presente ano de 2011, nomeadamente Itália e Cooperação Flandres, enquanto a Holanda vai parar de desembolsar em 2011 e a DANIDA em 2012, segundo ainda o Banco Mundial.