Os operadores de transportes privados de passageiros da cidade de Nampula, província com o mesmo nome, norte de Moçambique, agravaram as suas tarifas de cinco para 10 meticais (equivalente a cerca de 37 cêntimos do dólar ao câmbio corrente).
As novas tarifas prevêem, igualmente, um valor inferior a 10 meticais para os passageiros que descerem antes da terminal.
Contudo, alguns transportadores não estão a observar esta medida, insistindo em cobrar uma tarifa única de 10 meticais a todos os passageiros, independentemente da distância percorrida.
Segundo o Município de Nampula, a nova tarifa foi acordada com a Associação dos Transportadores Rodoviários (ASTRA), tendo em conta os elevados custos dos combustíveis e de manutenção das viaturas que estavam a inviabilizar esta actividade.
Citado pelo jornal “Notícias” da Terça-feira, o director dos Transportes no Conselho Municipal da Cidade de Nampula, Luís Pereira Mussa, disse que a edilidade cedeu as pressões da ASTRA que se queixava dos custos elevados suportados pelos seus membros no exercício da sua actividade.
Estes custos incluem despesas com combustíveis (que foram agravados por duas vezes em 2011), obrigações fiscais e pagamento de salários aos motoristas. Igualmente, esta medida visa acabar com o encurtamento de rotas, fenómeno que tem vindo a apoquentar os cidadãos nos últimos anos.
Essa medida vem agravar ainda mais o custo de vida em Nampula, cidade onde em finais de Outubro último, a edilidade aumentou a taxa mensal de lixo em 200 por cento, tendo passado de 10 para 30 meticais.
De acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPC) do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a cidade de Nampula registou um aumento do nível geral de preços na ordem de 6,3 por cento, no período de Janeiro a Novembro último.
Dentre os produtos com maior contribuição para a inflação constam o gasóleo e produtos alimentares.
