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Tanques atacam Homs antes da chegada de Kofi Annan à Síria

Tanques sírios dispararam, esta Sexta-feira, contra bairros de oposição em Homs, na Síria, matando quatro pessoas, afirmaram os activistas.

O ataque acontece antes da chegada duma missão do enviado especial da ONU-Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, para tentar acabar com o conflito que já dura um ano e indicia uma guerra civil.

Os opositores do presidente sírio, Bashar al-Assad, disseram que planejavam mostrar a sua força nas ruas depois das orações semanais muçulmanas, mas muitas pessoas ficaram nas suas casas por causa dos ataques em Homs.

Os activistas disseram que os protestos nacionais marcarão o aniversário do levante curdo no nordeste da Síria em 2004 que foi duramente reprimido por forças de segurança, deixando 30 mortos.

Annan pediu para que o diálogo levasse a uma solução política para a crise, mas os opositores criticaram-no, alegando que essa posição apenas daria mais tempo para as forças de Assad destruírem os seus inimigos.

As diferenças entre grandes potências têm impedido qualquer acção da Organização das Nações Unidas (ONU) para resolver o impasse, com China e Rússia opondo-se firmemente a qualquer medida que possa levar a uma intervenção militar no estilo daquela que ocorreu na Líbia.

O governo chinês saudou a missão do ex-secretário-geral da ONU. “Esperamos que o senhor Annan use a sua sabedoria e experiência para pressionar todos os lados na Síria a acabar com a violência e iniciar o processo de negociações de paz”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin.

A China, que enviou um diplomata para a Síria, esta semana, disse, esta Sexta-feira, que enviará um chanceler assistente para o Oriente Médio e para a França para discutir a crise.

O governo chinês pediu que as potências não usem a ajuda humanitária para “interferir” na Síria.

Uma antiga aliada e principal fornecedora de armas da Síria, a Rússia defendeu Assad contra os críticos de sua sangrenta repressão, juntando-se por duas vezes à China em vetos nas resoluções da ONU contra o país.

“Nós não vamos apoiar qualquer resolução que dê base para o uso da força contra a Síria”, afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, no seu Twitter na noite da Quinta-feira.

As forças de segurança sírias mataram mais de 7.500 pessoas desde que os levantes populares contra Assad começaram, ano passado, de acordo com a estimativa da ONU.

O governo sírio disse, em Dezembro, que os “terroristas armados” mataram mais de 2.000 soldados e policiais.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado na Inglaterra, relatou que mais 18 pessoas foram mortas, Quinta-feira, enquanto os Comités de Coordenação locais contabilizaram 62 mortos, incluindo 44 pessoas que foram assassinadas a sangue frio em Homs.

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