O Taliban do Paquistão planeia realizar atentados suicidas durante as eleições de Sábado numa tentativa de minar a votação, de acordo com uma carta do líder do grupo militante.
O líder do Taliban paquistanês, Hakimullah Mehsud, numa mensagem ao porta-voz do grupo, delineou planos de ataques, incluindo explosões suicidas, em todas as quatro províncias do país.
“Nós não aceitamos o sistema de infiéis que é chamado de democracia”, disse Mehsud na carta, datada de 1º de Maio. O Taliban paquistanês, ligado à Al Qaeda, matou mais de 100 pessoas em ataques a candidatos e comícios, particularmente contra partidos de tendência secular, em uma tentativa de minar as eleições que consideram anti-islâmica. Os ataques impediram candidatos dos três principais partidos da coligação governista de realizar grandes comícios.
Em vez disso, eles têm contado com a campanha porta-a-porta ou pequenas reuniões em casas ou nas esquinas. Quinta-feira, homens armados sequestraram o filho de Yusuf Raza Gilani, um ex-primeiro-ministro fiel ao Partido Popular do Paquistão (PPP), enquanto ele ia para uma pequena reunião política, disse a polícia.
O secretário de Ali Haider Gilani e um segurança foram mortos no incidente. Os militares do Paquistão disseram, esta Quinta-feira, que vão enviar dezenas de milhares de soldados aos pontos de votação e centros de contagem para impedir os talibans de cometerem ataques nas eleições. As eleições, que já são a mais violentas do Paquistão, marcam a primeira vez que um governo civil irá completar um mandato e passá-lo a outra administração.