Sete insurgentes do Taliban, incluindo homens-bomba, atacaram o principal aeroporto da capital afegã, Cabul, na manhã desta Segunda-feira (10), com explosões e tiros ouvidos perto de uma área que também abriga importantes bases militares estrangeiras.
Os agressores tomaram posições no interior de um edifício parcialmente construído ao lado do aeroporto internacional, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sediqqi, e enfrentaram as forças de segurança afegãs por cerca de quatro horas, até o término do ataque.
O Taliban reivindicou a responsabilidade pelo ataque. As estradas foram interditadas e as decolagens do aeroporto foram rapidamente canceladas, enquanto os pousos foram desviados para a cidade ao norte de Mazar-e-Sharif. Os ataques ao aeroporto fortemente vigiado, usado por civis e militares, são relativamente raros e representam uma meta ambiciosa pelo lado dos insurgentes, que realizaram ataques recentes contra alvos menos protegidos.
Embora não tenha tido grande escala, o ataque desta Segunda-feira vem somar-se às crescentes preocupações sobre a forma como as forças de segurança afegãs, de 352 mil homens, vão lidar com uma intensificação da insurgência quando mais tropas de combate estrangeiras deixarem o Afeganistão até o final de 2014.
O aeroporto abriga uma grande base de operações para as forças da NATO, que têm lutado contra o Taliban e outros insurgentes por 12 anos e está coberta de soldados e policiais, torres de guarda e vários postos de controle de segurança. O ataque começou por volta das 04h30 da manhã, logo depois das orações da manhã, e colunas de fumaça foram vistas a subir por trás de cercas de arame farpado no aeroporto.
A luta terminou cerca de quatro horas depois. A polícia disse que o ataque parecia estar centrado no lado militar do aeroporto, a oeste do terminal civil, e que os agressores estavam vestidos como policiais.
O chefe de polícia de Cabul, general Mohammad Ayub Salangi, disse à Reuters que dois homens-bomba detonaram explosivos presos ao corpo e que outros cinco militantes foram mortos no combate. Aparentemente não houve mortes entre civis e as forças de segurança.