Cerca de 25.000 partidários do ex-premier-ministro no exílio Thaksin Shinawatra se concentraram neste sábado em Bangcoc, no mais importante protesto contra o governo na capital tailandesa em dois meses, segundo a polícia.
O ex-primeiro-ministro, que vive no exílio em Dubai para fugir a uma condenação por corrupção na Tailândia, dirigiu-se por telefone à multidão durante 50 minutos, pedindo-lhe para não “deixá-lo morrer no deserto”. “Estamos aqui porque queremos uma verdadeira democracia”, declarou Thaksin.
“Por que vocês devem me deixar morrer no deserto (de Dubai) quando posso trabalhar para nosso país”? perguntou. Os “Camisas Vermelhas”, os partidários de Thaksin, exigem que o chefe do governo, Abhisit Vejjajiva, dissolva o Parlamento e convoque novas eleições.
Thaksin, que foi derrubado por generais em 2006, informou que “passava bem” e que se consagrava a atividades de homem de negócios e a viagens, mas que sofria de solidão. “Quero voltar”, acrescentou, aclamado por manifestantes.
Também criticou com firmeza a política econômica do primeiro-ministro, acusando-o, principalmente, de ter aumentado os impostos. Jatuporn Prompan, um dos líderes do movimento, informou que organizaria três outras reuniões, sem precisar suas datas.
Mais de 3.000 policiais e 1.000 soldados foram mobilizados para garantir a segurança dos prédios do governo.