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Suspeito de rapto em Cleveland responderá por mais 648 acusações

Mais 648 acusações foram imputadas, esta Sexta-feira (12), ao ex-motorista de autocarro escolar Ariel Castro, que responde agora por um total de 977 denúncias relacionadas ao rapto de três mulheres libertadas há dois meses em Cleveland, nos Estados Unidos, depois de cerca de uma década em cativeiro.

As acusações apontadas pelo júri de instrução abrangem de Agosto de 2002, quando Castro teria raptado a primeira das vítimas, até Maio deste ano, quando as três mulheres e uma menina de 6 anos nascida em cativeiro escaparam da casa dele.

Castro, que completou 53 anos, Quarta-feira, na prisão, já havia sido indiciado em Junho por 329 acusações envolvendo os primeiros quatro anos e meio do rapto.

As autoridades dizem que as vítimas adultas, hoje com idades entre 23 e 32 anos, foram capturadas entre 2002 e 2004, e que passaram anos sendo acorrentadas, surradas, submetidas a fome e violentadas sexualmente. Os exames de DNA confirmaram que ele era o pai da menina nascida no cativeiro.

Numa audiência judicial em Julho, Castro pediu para ser visitado pela filha na prisão, o que o juiz do caso rejeitou. Algumas das novas acusações desta Sexta-feira incluem ter colocado a menina em situação de risco e tê-la submetido a um sequestro desde o seu nascimento.

Em vídeos divulgados, Terça-feira, as três vítimas adultas falaram pela primeira vez desde a libertação, agradecendo a todos os que prestaram assistência emocional e financeira. “Fui ao inferno e voltei, mas estou forte o suficiente para passar pelo inferno com um sorriso no rosto, e de cabeça erguida, e com os pés firmemente no chão”, disse Michelle Knight, de 32 anos, que supostamente sofreu agressões de Castro para provocar pelo menos três abortos entre Setembro de 2002 e Dezembro de 2003.

Os advogados das vítimas e do réu não se manifestaram sobre os novos indiciamentos. Por causa dos abortos provocados em Knight, Castro responderá por uma acusação de homicídio doloso qualificado, o que pode acarretar a pena de morte. Os promotores, no entanto, ainda não decidiram se solicitarão essa pena.

O indiciamento inclui também 512 casos individuais de sequestro, 446 casos de estupros, 7 de imposição sexual violenta, 6 de lesão corporal e 1 de porte de armas. Cada mês de cativeiro de cada vítima foi considerado como um caso individual.

As acusações serão oficializadas a 17 de Julho, e o julgamento deve começar a 5 de Agosto.

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