Surtos da mortal febre amarela em Angola e na República Democrática do Congo não constituem uma emergência de saúde global, mas exigem a intensificação de medidas de controle e vacinação em massa, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.
A doença, que tem uma alta taxa de mortalidade, já se espalhou para o Quénia e a China, e há um surto não relacionado em Uganda, provocando temores de que a doença transmitida por mosquito chegue às grandes cidades na Ásia e na África.
“Essa doença pode ser devastadora com o rápido alastramento em áreas urbanas”, disse Bruce Aylward, director-executivo da OMS para surtos e emergências de saúde, depois que o comité de emergência sobre febre amarela teve a sua primeira reunião.
“O grande esforço é realmente relacionado à vigilância e à capacidade de diagnóstico em laboratórios, pois, se as pessoas começarem a ficar amarelas e morrendo, você tem um diagnóstico rápido e vacinação”, afirmou ele à Reuters.
Mais de 2.400 casos suspeitos e 300 mortes em apenas quatro meses em Angola “reafirmam a natureza potencialmente explosiva dessa doença e o risco internacional”, declarou.