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Surto de febre amarela em Angola mata mais de 50 pessoas em menos de dois meses

Cinquenta e uma pessoas já morreram na sequência de um surto de febre amarela que se faz sentir há cerca de dois meses na cidade de Luanda, capital de Angola.

Especialistas de saúde dizem que o surto vem sendo exacerbado pelo colapso nos serviços de saneamento e de colecta de lixo em Luanda e outras cidades, o que levou a um aumento no número de mosquitos que transmitem a doença.

No total, 240 pessoas foram infectadas até agora, declarou Adelaide de Carvalho, directora nacional de saúde angolana, num fórum realizado no final de semana.

Mais de 450 mil pessoas foram vacinadas na capital – a meta é vacinar quase 1,6 milhão, acrescentou.

As autoridades metropolitanas reduziram drasticamente o orçamento da colecta de lixo para lidar com uma crise orçamental, deixando pilhas de restos se formarem nas periferias mais pobres como o bairro de Viana, onde o primeiro caso de febre amarela foi relatado em Dezembro passado.

Também houve um aumento de casos de malária, cólera e diarreia crónica, disseram autoridades de saúde. Muitos prestadores de serviços de saneamento afirmam que não estão a ser pagos, ou que estão tendo dificuldades para importar equipamentos devido à falta de moeda estrangeira.

Angola depende da exportação de petróleo para cerca de 95 por cento de sua receita em moeda estrangeira, e a queda de 70 por cento no preço da commodity desde meados de 2014 vem prejudicando a terceira maior economia africana e derrubando a moeda local, o kwanza.

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