Supostos militantes islâmicos mataram pelo menos 85 pessoas no nordeste da Nigéria, disseram testemunhas e autoridades, este domingo (2), em mais um revés para a campanha militar do presidente Goodluck Jonathan.
Explosões de duas bombas na cidade de Maiduguri mataram pelo menos 46 pessoas no sábado, enquanto a cerca de 50 quilómetros dali, dezenas de atiradores arrasaram um vilarejo rural, matando mais 39 pessoas.
O grupo Boko Haram, que já matou milhares de pessoas nas suas lutas por um Estado islâmico no norte da Nigéria, vem aumentando os alvos entre a população civil do maior produtor de petróleo da África.
O ataque contra a vila de Mainok na noite do sábado é semelhante a recentes ondas de violência promovidas pelo Boko Haram, cujos militantes continuam a ter como alvo qualquer um que considere simpatizante do esforço do governo para acabar com a insurgência na Nigéria.
“Eles dispararam e arremessaram explosivos contra as casas. Eu contei 39 corpos nesta manhã”, disse Mansur Buba, residente de Mainok, a jornalistas em Maiduguri. “Eu fugi porque ninguém está seguro”, afirmou. Mustapha Musa, outro morador da vila, afirmou que o local ficou em ruínas e que todas casas foram incendiadas.