Cerca de 100 pessoas foram massacradas, sábado, de madrugada por supostos criadores de gado em três aldeias situadas no Estado de Kaduna, no norte da Nigéria, soube domingo (16), a imprensa local.
Durante a recente intensificação da violência neste Estado instável, onde os criadores de gado muçulmanos colidem frequentemente com camponeses cristãos, disputando uma área de pastagem, mais de 40 assaltantes atacaram, na noite da sexta-feira, as aldeias de Ugwar, de Ungwar Gata e de Chenshyi, massacrando até sábado de madrugada, os seus habitantes, camponeses, enquanto dormiam profundamente, destruindo várias casas, informou o jornal local Punch.
“Os assaltantes eram mais de 40 e estavam armados de facas perigosas e de fusis, entre outras armas sofisticadas. Mais de 50 pessoas foram mortas apenas na nossa aldeia e lá já não há casas. Todas as casas foram incendiadas e os camponeses que tentavam fugir foram abatidos”, revelou o jornal.
A fonte citou uma testemunha em Chenshyi, identificada como Nuhu Moses, como tendo afirmado ter “muita sorte” por ter escapado maIs que a mulher dum pastor da sua igreja e seus filhos fazem parte das pessoas dizimadas.
A Nigéria registou cerca de 15 mil mortos em circunstâncias violentas desde 2011, indicam os Caçadores Nigerianos para a Segurança, um projeto do Conselho Americano para as Relações Exteriores, organização independente e apartidária.
Soube-se que a maioria dos mortos foram registados no nordeste do país, o epicentro da violência maciça cometida pela seita islamita e terrorista de Boko Haram que impera nesta parte do país.