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Suposto ladrão escapa a um linchamento

Uma multidão enfurecida espancou violentamente na noite de Quinta-feira, no bairro suburbano de Hulene “B”, na cidade de Maputo, a capital moçambicana, um suposto ladrão, estando neste momento a correr perigo de vida.

Tudo começou por volta das 23 horas locais de Quinta-feira quando um jovem residente naquele bairro gritou pedindo socorro, tendo, de seguida, uma multidão saído à rua para perseguir um grupo composto por sete supostos ladrões munidos de catanas. Um deles acabou sendo neutralizado e espancado violentamente até perder sentidos. Quando uma força da Policia moçambicana (PRM) chegou ao local, mais de duas horas após o inicio do espancamento, o corpo amarado e golpeado do rapaz (de perto de 21 anos de idade) jazia inerte no chão.

Os autores da tentativa de linchamento, que afirmavam estar a vingarse contra os ladrões, desapareceram do local logo que se aperceberam da aproximação da viatura da Policia. Uma adolescente contou a AIM que foi vítima da acção do suposto grupo de bandidos. Munidos de catanas, o grupo teria interceptado a adolescente quando esta regressava da escola, apoderando-se de um valor monetário não especificado e um telefone celular.

Logo depois, contou ainda a mesma adolescente, o mesmo grupo interceptou, em momentos diferentes, dois jovens também estudantes do curso nocturno, tendo ambos sido despojados dos seus telefones. Foi um destes dois jovens que gritou pelo socorro. A população local alega que, nos últimos dias, se regista um recrudescimento de casos criminais naquele bairro densamente povoado, supostamente perpetrados por pessoas desconhecidas munidas de armas brancas, nomeadamente catanas.

Na madrugada do último Sábado, por exemplo, um indivíduo foi agredido e ferido no rosto com golpes de uma catana, quando este regressava à sua casa, após ter se divertido nas proximidades com um grupo de amigos. Ele contou que o grupo, na altura constituído por quatro homens munidos de catanas, empurrou-o para uma esquina, apoderando-se do seu dinheiro e três cartões de débito. Na ocasião, os mesmos ladrões forçaram a vítima a indicar os respectivos códigos de segurança.

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