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Soldados rebeldes isolam segunda maior cidade da Costa do Marfim

Soldados rebeldes da Costa do Marfim atiraram em três pessoas, neste sábado, e cortaram o acesso à segunda maior cidade do país, Bouake, depois da escalada de uma revolta em que os militares exigem o pagamento de bónus.

A revolta começou em Bouake, no começo da sexta-feira, antes de se espalhar rapidamente, seguindo um padrão similar de um motim do mesmo grupo, em Janeiro, que paralisou partes da Costa do Marfim e estragou sua imagem de exemplo de sucesso pós-guerra.

Os rebeldes assumiram controle do quartel-general do Exército e o ministério da Defesa no centro da capital comercial Abidjan, na sexta-feira.

Eles aumentaram a pressão neste sábado ao bloquearem estradas que saem de Bouake, epicentro da revolta de janeiro, e protestaram ao redor do país, inclusive na cidade de Korhogo, no norte, onde dois homens numa moto foram baleados nas pernas enquanto tentavam passar por um bloqueio armado pelos rebeldes.

“Eles atiraram neles. Eles foram feridos e transportados para o hospital”, disse a testemunha Amadou Yeo. Em Bouake, soldados atiraram em um grupo de ex-rebeldes desmobilizados, ferindo seriamente um deles, de acordo com um porta-voz e um parlamentar local.

O sargento Seydou Koné, porta-voz dos rebeldes, disse que os ex-soldados, que passaram por um programa de desarmamento depois da guerra civil de 2011, planejavam seus próprios protestos, como fizeram no começo desta semana, e que seus homens abriram fogo para impedi-los.

“Não queremos negociar com ninguém”, disse Koné, por telefone, de Bouake, no centro do país. “Também estamos prontos para lutar, se formos atacados. Não temos nada a perder”.

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