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Soldado é morto com tiro na cabeça na Venezuela e as mortes em protestos sobem para 29

Um capitão da Guarda Nacional atingido por um tiro na cabeça durante uma manifestação na Venezuela morreu, esta segunda-feira (17), disseram os militares, tornando-se a 29ª vítima fatal em várias semanas de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

O general Padriño López, chefe do comando operacional estratégico das Forças Armadas, disse que o capitão foi atingido na noite de domingo em uma barricada de rua montada por manifestantes na cidade de Maracay, no Estado de Aragua, na região central do país.

“Ele foi mais uma vítima da violência terrorista”, declarou López no Twitter, pedindo o fim dos confrontos. “As nossas Forças Armadas não reprimem manifestações pacíficas, protegem-as… muito mais sangue venezuelano teria sido derramado se não fosse pelas acções responsáveis da nossa Guarda Nacional”.

Há seis semanas estudantes e líderes da oposição linha-dura vêm convocando protestos nas ruas contra o presidente Nicolás Maduro e seu governo socialista. Os manifestantes exigem mudança política e o fim da inflação alta, da falta de alimentos básicos e de uma das piores taxas de criminalidade do mundo.

Os protestos, entretanto, não parecem capazes de derrubar Maduro, um ex-motorista de autocarro, de 51 anos, que venceu a eleição de Abril de 2013 e substituiu o seu falecido amigo e mentor Hugo Chávez. As Forças Armadas aparentam apoiar Maduro, e o número de manifestantes é bem menor do que nos protestos de uma década atrás que derrubaram Chávez, ainda que brevemente.

Agora, os líderes da oposição estão profundamente divididos sobre os confrontos actuais. Durante o dia, milhares de apoiantes da oposição vêm protestando pacificamente. De noite surgem grupos de mascarados, especialmente no abastado sul de Caracas, para bater de frente com a tropa de choque e a Guarda Nacional.

Tropas assumem praça

Os manifestantes dos dois lados e muitos membros das forças de segurança foram mortos. Centenas de pessoas ficaram feridas, e mais de 1.500 foram presas. Cerca de 100 pessoas continuam detidas, incluindo 21 membros das forças de segurança acusados de crimes que vão da brutalidade ao homicídio.

No oeste do Estado fronteiriço de Táchira, o mais assolado pela violência, os moradores reconstruíram da noite para o dia algumas barricadas de rua que as autoridades tinham removido.

No domingo, em Caracas, soldados da Guarda Nacional dispararam gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar manifestantes antigoverno de Plaza Altamira, uma praça no leste rico da capital que se tornou o local de embates violentos diários e acúmulo de destroços.

“Há um mês isto é objecto de terrorismo e vandalismo,” disse a Ministra da Informação, Delcy Rodríguez, à TV estatal na praça. “Hoje é um território de paz”.

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