A vitória da Frelimo e do seu candidato Armando Guebuza nas eleições do próximo dia 28 de Outubro, a nível da província de Sofala, Centro de Moçambique, partirá do distrito de Maríngué. Esta promessa foi feita no domingo ao candidato da Frelimo a presidência da Republica, Armando Guebuza, durante um comício eleitoral que ele orientou na localidade de Nhamapaza, onde o maior partido da oposição a Renamo, liderada por Afonso Dhlakama, teima em manter homens armados. Um residente de Maringue foi ao pódio afirmar que da forma como as condições de vida estão a evoluir neste ponto do país, “não restam dúvidas que 100 por cento dos votos de Maríngué irão para Guebuza e Frelimo”.
Aliás, segundo a fonte, em Maringue a movimentação de outros partidos opositores a Frelimo é quase que inexistente. “Eles aparecem esporadicamente. O único que está implantado em todo o distrito é a Frelimo, que neste quinquénio mostrou maturidade e capacidade de liderança na luta contra a pobreza”, disse a fonte. Com efeito, no domingo, em Nhamapaza, era quase que nula a actividade eleitoral da oposição. Um pouco por todo o lado viamse apenas militantes da Frelimo e material propagandístico deste mesmo partido e do seu candidato à presidência. O cenário era praticamente o mesmo na vila sede do distrito de Maríngué, por onde a AIM transitou a caminho de Barue, na província de Manica.
António Bakar, outro residente de Maringue, disse, na ocasião, que o povo de Maríngué está unido, mais do que nunca, graças aos ensinamentos de Armando Guebuza, que concorre para o seu segundo mandato. Bakar indicou que nas eleições anteriores, não existia o povo que domingo presenciou o comício de Guebuza porque “tinha sido enganado por outros partidos”. A população de Maríngué acredita ainda que os homens armados da Renamo só poderão deixar de se manter nas matas deste distrito se a Frelimo continuar no poder. Reagindo a sua recepção calorosa em Maringue, marcada com um misto de promessa de voto, Guebuza apelou a todos os eleitores para que afluam em massa as urnas, frisando que a vitória conquista-se com o voto e não com palavras.
Como exemplo, Guebuza fez questão de recordar que a Frelimo já perdeu eleições autárquicas em Marromeu, Norte de Sofala, porque, certamente, muitos eleitores que estavam convencidos da vitória antecipada da Frelimo não foram votar. “É preciso que votemos para que situações deste género não voltem a acontecer”, sublinhou Guebuza, que ainda domingo orientou mais um comício no distrito de Nhamatanda. A província de Sofala foi sempre conotada com a oposição. Nas legislativas de 1999, por exemplo, a Renamo conquistou 17 dos 21 lugares disponíveis, contra apenas quatro da Frelimo.
Situação quase que similar aconteceu nas eleições de 2004. Contudo, nas eleições autárquicas do ano passado, a Frelimo deu fortes sinais de estar a reverter esta situação, em Sofala, ao conseguir uma maioria na Assembleia Municipal da Beira, a capital provincial de Sofala. Segunda-feira, Guebuza inicia a sua campanha eleitoral na província de Manica, última etapa da sua escala, da presente campanha eleitoral iniciada a 13 de Setembro último.