Forças sírias lançaram bombas de fragmentação russas em áreas civis na semana passada enquanto lutavam para reverter os avanços dos rebeldes em uma rodovia estratégica, disse neste domingo a organização não-governamental Human Wrights Watch.
Os insurgentes cercaram uma guarnição militar neste domingo perto de uma cidade no norte da Síria, na última investida para controlar mais território em uma província situada perto da fronteira turca, disseram ativistas da oposição. Os rebeldes também postaram na Internet um vídeo que supostamente mostra um jato de combate sírio que eles disseram terem derrubado no dia anterior.
Centenas de soldados sírios ficaram isolados durante o cerco de uma base na cidade de Urum al-Sughra, na principal rodovia entre a Turquia e a cidade conflagrada de Aleppo, centro industrial e comercial da Síria.
“Os rebeldes atacaram uma coluna de blindados enviada de Aleppo para resgatar o 46º. Regimento de Urum al-Sughra e detiveram seu avanço”, disse Firas Fuleifel, um dos ativistas, que falou com a Reuters por telefone a partir da província de Idlib, a oeste de Aleppo. Ele afirmou que o jato foi derrubado quando tentava dar suporte à coluna.
Os insurgentes disseram ter ampliado na semana passada seu controle na província agrícola, de relevo acidentado, tendo tomado várias localidades na fronteira e avançado na planície de al-Rouge, a oeste da cidade de Idlib, a capital provincial. Essa província é a base principal e rota de suprimentos para os rebeldes que travam uma guerrilha urbana contra as forças de Assad pelo controle de Aleppo, cidade onde vivem milhões de pessoas e poderá determinar o rumo da rebelião contra o regime de Basar al-Assad, que já dura 18 meses.
BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO
As bombas de fragmentação espalham centenas de bombas menores sobre uma ampla área, com a finalidade de matar o maior número possível de pessoas.
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que seu uso perto de áreas de moradia de civis pode ser um crime de guerra. Mais de cem países proibiram o uso desse tipo de munição por meio da assinatura de uma convenção que se tornou lei internacional em 2010, mas a Síria não firmou esse acordo nem Rússia, China e Estados Unidos.