A Síria entregou as 100 toneladas de materiais tóxicos remanescentes que havia declarado à agência reguladora global, abrindo caminho para a destruição da quantidade no mar, disse a chefe da equipe internacional de inspetores encarregada de supervisionar a operação de remoção.
Os produtos químicos, cerca de 8 por cento do total de 1.300 toneladas relatadas à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), estavam armazenados num local que o governo do presidente Bashar al-Assad dissera anteriormente estar inacessível devido aos combates com os rebeldes.
“Hoje a missão conjunta confirma a remoção de 100 por cento das armas químicas declaradas”, afirmou Sigrid Kaag, directora da equipe conjunta de especialistas da Opaq. “É um dia crítico.
É um marco no programa de eliminação total das armas químicas da Síria”, disse Sigrid, acrescentando esperar que dentro de três meses comece o trabalho de destruição de 12 instalações produtoras e túneis ligados ao programa sírio de armas químicas.
Os comentários dela endossaram declarações dadas mais cedo por fontes da Reuters em Haia. A situação da segurança na região melhorou e os recipientes de produtos químicos já foram transportados por camiões até o porto de Latakia, disseram as fontes.
Os produtos químicos serão tirados do porto sírio de Latakia e transferidos para um navio de carga dos Estados Unidos, o Cape Ray.
O processo de neutralização dos materiais vai levar semanas, e a Síria vai perder o prazo de 30 de junho para eliminar completamente o seu programa de armas químicas, dizem as autoridades. A TV estatal síria confirmou que o último carregamento de materiais químicos havia sido levado para fora do país.