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Síria diz que aderiu plenamente ao tratado contra armas químicas

A Síria tornou-se, esta Quinta-feira (12), membro pleno do tratado global contra armas químicas, disse o embaixador do país junto à Organização das Nações Unidas (ONU), uma decisão que havia sido prometida pelo presidente Bashar al-Assad como parte de um acordo para evitar bombardeios norte-americanos.

Porém, vários diplomatas e um funcionário da ONU disseram à Reuters sob anonimato que ainda não está claro se a Síria cumpriu todas as condições para a adesão ao tratado. “Acho que há mais alguns passos que eles precisam de dar, mas é por isso que estamos a estudar o documento”, disse o funcionário da ONU.

A Síria era um dos únicos sete países que não aderiram à Convenção de Armas Químicas de 1997, que obriga os seus membros a destruírem os seus arsenais desse tipo. “Legalmente falando, a Síria tornou-se a partir de hoje um membro pleno da convenção”, disse o embaixador sírio na ONU, Bashar Ja’afari, a jornalistas em Nova York depois de apresentar documentos relevantes à organização.

Ele disse que Assad sancionou esta Quinta-feira um decreto legislativo que “declarou a aprovação da República Árabe da Síria a aceder à convenção”. Ele acrescentou que o chanceler Walid al-Moualem escreveu à Organização para a Proibição de Armas Químicas para notificar a decisão síria de aderir à convenção.

“As armas químicas na Síria são uma mera dissuasão contra o arsenal nuclear israelita”, disse Ja’afari, brandindo um documento que ele disse ser um relatório da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) sobre o programa israelita de armas químicas. “É uma arma de dissuasão, e agora chegou a hora de o governo sírio aderir (à convenção) como gesto para mostrar a nossa disposição de sermos contra todas as armas de destruição em massa.”

Sob ameaça de uma acção militar dos EUA por causa de um ataque com gás sarin contra civis a 21 de Agosto, Assad concordou nesta semana com um plano russo que coloca o seu arsenal químico sob controle internacional.

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