Investidores de Singapura mantém vivo o seu projecto de produção de arroz nas províncias de Sofala e Zambézia, no Centro do País – segundo garantiu ao nosso jornal fonte do Centro de Promoção de Investimentos (CPI).
Uma missão empresarial de Singapura visitou recentemente essas duas províncias tendo como objectivo a identificação de áreas para a produção de arroz. A missão concluiu que as duas províncias apresentam um grande potencial para o cultivo de arroz. O arroz representa uma das principais culturas praticadas nas duas províncias. Depois do milho e da mapira, o arroz representa o terceiro cereal mais consumido particularmente em Sofala, cuja capital provincial, a Cidade da Beira também apresenta grande potencial para a produção de arroz ao longo da sua cintura verde. A Singapura, um dos países mais ricos da Ásia, figura entre os estados maiores produtores de arroz no mundo.
O Governo Moçambicano, entretanto, traçou como meta o País deve parar de importar arroz até pelo menos 2011. O défice de arroz em Moçambique actualmente é estimado em cerca de 315 mil toneladas. Dados do Ministério da Agricultura indicam que o País consome anualmente cerca de seiscentas mil toneladas de arroz, mas a produção anual deste cereal não ultrapassa trezentas mil toneladas, cerca de metade das necessidades. O País possui um dos rendimentos mais baixos de produção de arroz ao nível da região da África Austral, nomeadamente é de cerca de 1.4 toneladas por hectar contra uma média de 3.5 toneladas por hectares noutros estados vizinhos.
Paradoxalmente, Moçambique é um dos países da região com extensas áreas com potencial para a produção deste cereal, faltando apenas investimentos e transmissão de conhecimentos para o aumento da produtividade. Além da Singapura, outros países sobretudo asiáticos já mostram Mointeresse em cooperar em Moçambique no incremento da produção de arroz. Entre esses países, consta o Japão, China, Vietname e Índia, os quais já apresentam propostas concretas para iniciarem a produção de arroz no território nacional.