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Shakaland, a vila de Shaka Zulu

Shakaland

Foto de Adérito CaldeiraReviver a História num local onde ela provavelmente aconteceu é uma das mais emocionantes experiências que um turista pode ter. Em Shakaland, a 160 quilómetros da cidade sul-africana de Durban, é nos dada a conhecer, e a experimentar, a história e cultura dos Zulus, o maior grupo étnico do nosso continente.

“Womwom, womwom, womwom …a yeah”, escuto no meu subconsciente ao cruzar a entrada da pequena vila, sinto-me transportado de volta aos finais dos anos oitenta numa altura em que Maputo tinha apenas um canal de televisão que nem emitia todos os dias, os moçambicanos com mais de 35 anos de idade deverão recordar-se, e os vídeos em VHS começavam a aparecer. Uma das primeiras séries que me maravilhou contava a história de um rei africano que nem dos livros da escola conhecia, o grande rei Shaka Zulu.

Mas a jornada pelas aventuras de Shaka, filho órfão e ilegítimo que se tornou num hábil guerreiro e no chefe tribal que transformou uma etnia com pouca expressão territorial num império que ensombrou os colonizadores, começa no museu de Dakuza erguido no local onde em 1828 ele foi assassinado pelos seus irmãos.

Depois segue-se por estradas da província do KwaZulu-Natal que serpenteam montanhas, ladeadas por canaviais de cana-de-açúcar, até ao cimo onde nas primeiras décadas de 1800 o guerreiro terá conduzido o seu bravo e destemido exército. Aí foi construída, em 1985, uma vila para a filmagem da mini-série de dez episódios baseada na obra e argumento de Joshua Sinclair e que apresentou ao mundo Shaka Zulu, soberbamente representado pelo actor sul-africano já falecido Henry Sele.

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O local foi preservado não como um monumento mas como uma vila turística habitadas por zulus de verdade, mas que hoje são funcionários, e que partilham com os visitantes a heróica história da sua etnia, mostram as suas crenças e culturas, dançam e ainda oferecem um cabaça da sua melhor cerveja.

É uma experiência única que não será aqui contada pois tem de ser vivida in loco, mesmo por um africano que conheça a sua cultura. Pode optar entre uma visita de um dia ou pernoitar numa cabana tipicamente zulu mas com o conforto que certamente o rei Shaka não terá tido.

O @Verdade viajou a convite do Ministério do Turismo da África do Sul
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