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Setenta porcento de moçambicanos recorrem à medicina tradicional

Em Moçambique, estima-se que cerca de 70 porcento de famílias moçambicanas recorrem, para além da medicina convencional, à medicina tradicional para o tratamento de doenças do corpo, da mente e da alma, supostamente em virtude da baixa cobertura dos serviços de saúde, mormente na zona rural.

A vice-ministra da Saúde, Nazira Abdula, disse, nesta quinta-feira (14), na abertura da primeira Reunião Nacional da Medicina Tradicional, que decorre na cidade de Nampula, que devido ao reconhecimento da importância destes serviços o Governo institucionalizou a medicina tradicional como um complemento da medicina moderna, em particular nas comunidades, onde a rede de saúde é ainda deficitária.

Segundo a governante, os dois sectores da medicina devem melhorar o processo de prestação de cuidados médicos primários à comunidades. Ela destacou o facto de os praticantes da medicina tradicional estarem envolvidos nas campanhas de sensibilização para o combate da cólera, da malária, na distribuição de preservativos, envio de doentes suspeitos de HIV e/ou tuberculose, entre outras enfermidades cuja cura ultrapassa as suas capacidades, às unidades sanitárias.

“Essas acções ajudam a melhorar os indicadores de saúde e reduzem a morbilidade e mortalidade por causa de doenças mais frequentes no país”, disse Nazira Abdula.

Por seu turno, o representante do UNICEF, Koenraad Vanormelingen, apelou para que haja fortalecimento do programa do Instituto de Medicina Tradicional no qua tange ao encaminhamento dos doentes que padecem de malária, pneumonia, sarampo, entre outras doenças o hospital.

De acordo com ela, a busca pelo cuidados médicos tradicionais não acontece apenas nas zonas rurais, mas, sim, também nas cidades devido a falta de cobertura universal das unidades sanitárias.

Koenraad Vanormelingen reconheceu o papel dos praticantes da medicina tradicional na medida em que podem ajudar o Governo e seus parceiros a disseminar mensagens com vista à mudança de atitudes relativamente à nutrição da mulher e da criança, em particular a necessidade de se amamentar o bebé até pelo menos os primeiros seis meses de vida com exclusivamente leito do peito.

Refira-se que o encontro junta médicos tradicionais provenientes das província de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, parceiros de cooperação do Ministério da Saúde (MISAU), entre outras individualidades.

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