O governo da Serra Leoa disse na quarta-feira que vai dar início a buscas por pacientes com o vírus do ébola casa a casa e impor restrições a viagens internas como parte de um novo impulso para combater a epidemia do vírus mortífero.
Funcionários de saúde vão procurar por vítimas do ébola e qualquer pessoa com tenha mantido contato, transportando os infectados para os novos centros de tratamento construídos com ajuda britânica, conforme um plano do governo anunciado nesta semana.
Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria estão no centro do pior surto do ébola já registrado no mundo. As taxas de infecção estão em ascensão mais rápida em Serra Leoa, e o país tem mais da metade dos 18 mil casos confirmados do vírus.
O presidente Ernest Bai Koroma disse que, de acordo com as medidas, os fiéis devem voltar diretamente para casa após as cerimónias do dia de Natal e outras festividades estão proibidas. As missas de ano-novo devem ser encerradas às 17h (horário local), enquanto as comemorações pela virada de ano também ficam proibidas. “Esta é a temporada festiva, quando os cidadãos de Serra Leoa costumam celebrar com as suas famílias de maneira extravagante e alegre, mas todos devem ser lembrados de que nosso país está em guerra contra um inimigo feroz”, disse ele num pronunciamento ao país.
O governo também impôs restrições a viagens entre distritos, e proibiu o comércio aos domingos, assim como determinou o encerramento do horário comercial nos sábados ao meio-dia, anunciou Koroma.
As novas medidas fazem parte de uma investida de um mês dentro e em torno da capital Freetown, com o objetivo de conseguir avançar no combate à doença no prazo de quatro a seis semanas, disse o chefe da força-tarefa britânica, Donal Brown, na terça-feira.