O menor, de 11 anos, que foi sequestrado no início da manhã da última sexta-feira, por dois indivíduos mascarados e com recurso a uma arma de fogo, está já há mais de 72 horas sob cativeiro dos malfeitores, que exigem, segundo fontes independentes, dois milhões de meticais (pouco mais de trinta mil dólares). Desconhece-se ao certo o estado de saúde do menor identificado pelo único nome de Nail Latifo, filho de um proeminente empresário de Nampula, proprietário de um dos melhores hotéis da praça.
O menor é asmático e carece de cuidados intensivos. Ontem a policia, através do seu porta voz, veio a público informar que ainda não tinha pistas. Fontes independentes disseram ao Wamphula Fax que, no sábado, os sequestradores, em contacto com os pais do menor, exigiram a entrega de dinheiro no montante de dois milhões de meticais (equivalente a, aproximadamente, 30 mil dólares norte-americanos), operação que falhou por não se ter cumprido à risca a sua instrução no sentido de que o mencionado valor lhes fosse entregue num saco e que o portador se fizesse transportar numa motorizada e não numa viatura.
A família do menor sequestrado prefere não falar à imprensa, tendo, em consequência, redudando infrutíferas as várias tentativas efectuadas pelo nosso Jornal. Orlando Mudumane, chefe do departamento das relações públicas e porta-voz do Comando da Polícia em Nampula, assegurou-nos que equipas combinadas da Polícia de Investigação Criminal e de Protecção estão no terreno a trabalhar no assunto. Lembre-se que o menor em causa foi sequestrado na Rua de Sofala, zona urbana de Muahivire, em Nampula, quando se dirigia à Escola.
O acto ocorreu já perto do estabelecimento de ensino, onde os sequestradores, em número de três, dois dos quais encapuzados, bloquearam a viatura que o transportava. Munidos de uma arma de fogo, os bandidos, que se faziam transportar numa viatura sem chapa de matricula, levaram o menor e sumiram. O caso foi notificado de imediato à 2ª Esquadra da PRM, situada no bairro do Muahivire.
Este é o terceiro caso de sequestro que ocorre na província de Nampula, em menos de dois anos, tendo os dois primeiros sido protagonizados na cidade portuária de Nacala. Os três casos envolvem menores ligados a empresários da praça.