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SELO: O segredo da felicidade e da liberdade – Por Rabim Chiria

Hoje em dia, é comum ouvir que o segrego da felicidade é a liberdade e o segredo da liberdade é a coragem. Mas não é verdade, pois, o verdadeiro segredo da felicidade e da liberdade é o princípio da boa vontade. Porquê o princípio da boa vontade? O princípio da boa vontade é único bom em si. Alegria, ou seja, o contentamento com a sua sorte sob o nome da felicidade, a liberdade e a coragem, esses todos princípios não são bons em si, apenas são coisas desejáveis. Mas podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade que os constituem não for boa.

Ou seja, para que o segredo da felicidade seja a liberdade é preciso que a liberdade tenha ao mesmo tempo o princípio da boa vontade, e, para que o segredo da liberdade seja a coragem é preciso que a coragem tenha ao mesmo temo o princípio da boa vontade. No entanto, a felicidade sem a boa vontade, é mercenária, odienta e maliciosa, por seu turno, a liberdade sem a boa vontade é suicidária, e, a coragem sem a boa votante é assassina, portanto, nenhum carácter é bom em si. O único carácter que é bom em si é o princípio da boa vontade.

O que seria a boa vontade? Segundo Kant, Filósofo Alemão, a boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, ou seja, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão-somente pelo querer, isto é em si mesma, e, considerada em si mesma. Portanto, a boa vontade deve ser avaliada em grau mais eminente, em grau mais alto, do que qualquer inclinação ou desejo. Entretanto, a boa vontade é a condição indispensável de sermos dignos de felicidade e da liberdade.

Ora, afirmar que o segredo da felicidade é a liberdade, é o mesmo que afirmar que a liberdade e a felicidade são boas em si, por sua vez, afirmar que o segredo da liberdade é a coragem, é o mesmo que afirmar que a liberdade e a coragem são boas em si. Porém, as práticas humanas nos mostram que esses caracteres podem ser ruins caso não tenham o princípio da boa vontade que manifesta por dever e não conforme ao dever. Aliás, falar da boa vontade é o mesmo que falar de um princípio moral que manifesta por dever. Manifestar por dever é diferente de manifestar conforme ao dever.

Todo carácter que manifesta por dever é independente aos resultados esperados, ao passo que, o carácter que manifesta conforme ao dever é dependente dos resultados, no entanto, uma acção que depende dos resultados é egoísta e consequencialista, ao passo que, uma acção que não depende dos resultados é intencionista.

Ora, o cosequencialismo é interesseiro, e não só, revela a falsa generosidade, e olha para os benefícios de quem sente a felicidade e de quem goza a liberdade, em contrapartida, o intencionismo é independente e revela a verdadeira generosidade, não olha para os benefícios de quem sente a felicidade, nem de quem goza a liberdade, mas sim, olha para a intenção, pela qual, acção foi praticada.

O consequencialismo não se preocupa pelo bem do outro, mas sim pelo seu próprio bem, enquanto que, o intencionismo preocupa-se pelo bem do outro, independentemente dos resultados. Lembrem-se, a lição de Jesus de Nazaré: a vida feliz, a vida boa é aquela dedicada ao outro. Em outras palavras, o segredo da felicidade e da liberdade é o amor pensado. O amor pensado é a moral, ou seja, a imitação do comportamento de quem ama.

Por Rabim Chiria

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