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SELO: Mortes de jovens militares ao serviço da Frelimo e a canção da preservação da paz – Por Jorge Valente

Compatriotas, quase semanalmente aparecem embrulhados corpos dos coitados jovens militares ao serviço da Frelimo, mortos em combate na tentativa de desarmamento ponderado do braço armado da Renamo. Estes jovens usados como um escudo para defesa dos interesses da Frelimo são na sua maioria oriundos do norte e centro deste território.

Esta triste situação está a ser ocultada. Os jornais e as televisões independentes também já foram proibidos de reportar essas mortes. As televisões STV, Miramar, TIM e os jornais @Verdade, SAVANA, Zambeze e outros já não informam sobre este extermínio de filhos de pobres, que estão a ser mortos para defender o colonialismo doméstico da Frelimo.

No meu bairro Manicopo, por exemplo, foram trazidos cinco corpos de jovens soldados mortos em combate. Em Ribawe, sete cadáveres já foram entregues aos familiares. Em Malema, um corpo, de um jovem militar, foi também entregue para enterro pela sua família na comunidade de Nampuro.

O povo quer saber se o país está ou não em guerra não declarada. Para onde vamos com este cenário?

A Renamo venceu as eleições de 2014, mas a Frelimo, para a sua luta pela sobrevivência, manipulou a vitória e a “Perdiz” desorganizada deixou o poder nas mãos da Frelimo. Hoje, vemos o aprofundamento dos males que destroem a identidade do povo moçambicano. Hoje, ser moçambicano é sinónimo de incerteza e aprofundamento da degradação dos valores morais de cada cidadão.

A Frelimo e os seus ideólogos ainda não compreenderam que o poder material nunca suplanta o poder moral de uma luta para derrotar um mal. A Frelimo não compreendeu ainda que nunca vai derrotar a Renamo e as suas forças revolucionárias, porque a causa da luta está inscrita nos mandamentos de Deus para libertar os povos do norte e centro, que saíram do colonialismo português para o doméstico da etnia do sul, em conluio com a Frelimo.

Onde está a preservação da paz numa altura em que os jovens estão a ser mortos pela Frelimo, que se mantém no poder exterminando a população.

Dentro da Renamo há também indivíduos gananciosos preocupados com a estabilidade individual. As eleições de 2014 como as outras que decorreram em Moçambique foram ganhas por este partido e pelo seu candidato. Isto não é dúvida para ninguém. E todos sabem muito bem que o povo oprimido do centro e norte clama por uma alternância política. Não se percebe por que a “Perdiz” aceitou tomar posse depois da fraude.

Não se percebe como é que um partido que ganha com a maioria em seis das 11 províncias se torna derrotado. A Renamo e o seu líder venderam a vitória do povo contra o colonialismo do sul, que possui todo o poder para humilhar as outras etnias em nome da unidade nacional.

O partido aceitou uma derrota que não existiu e hoje reclama a vitória. Jovens de famílias pobres estão a morrer diariamente.

A Renamo ou corrige o erro que cometeu, tomando o poder à forca para responder à vontade popular, ou então deixa a Frelimo ir ao fim do mandato no meio de muito sofrimento do povo. Isso será a preparação do total descrédito deste partido em Moçambique.

Por Jorge Valente

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