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SELO: Alguém se lembra da Funerária Paraíso? – Por Manuel Pereira de Almeida

Alguém se lembra da Funerária Paraíso? Pois é, já lá vão quase 15 anos que ela surgiu em Maputo (Abril/2001). Então que é feito dela?

Hoje, ao recordar esses tempos, lembro-me do projecto em que, através da Associação Empresarial de Portugal (AEP), me meti e ao qual se juntou o filho moçambicano que dava pelo nome de Eugénio António da Conceição (EAC). Este dizia ser um dos grandes empreendedores de Moçambique, irmão de…, sócio de…, relacionado familiarmente com o ministro tal… etc.

Para iniciar a sociedade Paraíso com uma quota simbólica de meticais, o senhor EAC viu-se e desejou-se para entrar com o capital no banco. Este foi o seu único investimento na sociedade. Tinha uma economia forte, dizia ele. O sócio português foi, por assim dizer, o único investidor na empresa pois, para além de pagar as rendas, importou um contentor de urnas, um auto fúnebre Mercedes (que não se sabe onde pára), adereços para os funerais, etc., etc.

Mas de economia percebia o EAC no que toca a receber… queria um salário sem fazer nada, metia “vales” (talvez para descontar nos dividendos de fim de ano). Não teve o menor pejo em ir junto da Polícia da cidade e pedir o encerramento da Agência, sem alegações plausíveis – aqui entra a justiça moçambicana.

O sócio, vendo que não havia saída do problema, começa por exportar o que era dele (auto fúnebre e posteriormente as urnas). Então voltou a funcionar a justiça MZ e os contentores são apreendidos. O caso transita em tribunal que nunca mais deu despacho aos processos que tais actos originaram, pese embora o investidor português ter como patronos dois extraordinários advogados da praça – Dr. Maveja Mulima e Dr. Júlio Mazembe.

Então é altura para perguntar: onde param os bens apreendidos? Quem beneficiou economicamente com o assunto – EAC, Finanças do Governo de Moçambique, alguma autoridade policial? Quem? E os processos morreram no segredo dos deuses?

Para que @ Verdade seja transparente deve haver esclarecimento deste caso de ECONOMIA… JUSTIÇA.

Por Manuel Pereira de Almeida

* Título de autoria do @Verdade

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2 respostas

  1. Já passaram mais 6 anos o que faz, presentemente, 21 anos desta aventura, mas ninguém dia nada… é pena. Que os proveitos da “armadilha” beneficiem alguém necessitado tal o EAC. A vida continua, isto é só mais um desabafo.

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