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SELO: A retirada das FDS em Gorongosa, um processo cheio de entretantos e um teatro de que somos reféns – Por Miguel Luís

O processo de tomada de decisões numa nação que se intitula democrática é feito por todos os cidadãos, e nós desde lado participamos através da opinião crítica, seja para dar nota positiva ou negativa, sempre que as condições o propiciarem. Proponho-me neste pequeno texto a reflectir a retirada das FDS em Gorongosa.

Já desde Abril que se vem anunciando a retirada das FDS de Gorongosa, algo que criou em muitos moçambicanos a esperança de uma paz efectiva e duradoira. Porém de Abril até o início da semana passada continuava sendo apenas palavra dita, uma vez que o líder da RENAMO apareceu na passada sexta-feira a dizer que nenhuma posição das FDS tinha sido retirada o que colocava o Chefe de Estado em uma situação muito embaraçosa, pois me faz voltar a questionar afinal quem é o chefe.

Pelo que sei quando um chefe que realmente tem poder manda, os subordinados executam. Estaremos perante um caso em que o chefe de Estado não está a ser obedecido ou perante um caso em que ele anuncia em frente às cameras uma coisa, e ordena aos seus subordinados algo contrário?

Na tarde do sábado (dia 01 de julho de 2017) um dia após a intervenção do líder da RENAMO, o ministro da Defesa garantiu que tinham sido retiradas todas as posições das FDS em Gorongosa.

Todo processo de negociação tem como base a confiança mútua entre as partes. Quando chegamos a um ponto em que uma das partes afirma que a outra não está a cumprir com a sua palavra, ou quando uma afirma ter feito algo e outra não aceita corremos um forte risco de comprometer as negociações e voltar à estaca zero.

Todo este vai e vem me leva a concluir que estamos perante um teatro semelhante ao que no passado foi pago com vidas de inocentes. É tempo de parar de pensar nos interesses políticos e dar importância a este povo que não merece ser o capim que sofre quando dois elefantes lutam.

Por Miguel Luís

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