Pelo menos seis soldados ucranianos foram mortos em novos ataques contra postos e bases de militares do governo por separatistas pró-Rússia perto da fronteira russa, disseram forças da Ucrânia nesta terça-feira. Houve também relatos de um ataque aéreo que matou quatro civis na pequena cidade de Snizhne, episódio no qual Kiev negou responsabilidade e pareceu apontar o dedo para a Rússia – dois dias após Moscovo ter ameaçado com retaliação por conta da morte de um homem quando um foguete caiu no lado russo da fronteira.
“Hoje às 7h (horário local) um avião desconhecido executou um bombardeio sobre Snizhne. O voo pode ser descrito somente como uma provocação cínica”, disse a jornalistas Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa Nacional e Segurança da Ucrânia.
Os seus comentários pareceram ser uma acusação contra a Rússia, considerando que os rebeldes não utilizaram aeronaves no conflito.
Combates ocorridos nos últimos quatro meses entre forças pró-Ocidente do governo de Kiev e separatistas que querem a união com Moscovo intensificaram-se na última sexta-feita, com a Ucrânia e a Rússia culpando uma a outra por ataques além de suas fronteiras, e poucas possibilidades de um cessar-fogo.
Vladyslav Seleznyov, porta-voz da “operação antiterrorista” – como define o governo ucraniano – no leste do país, disse que combatentes rebeldes atacaram postos militares em diferentes áreas durante a noite. “Como resultado de um ataque com míssil Grad durante a noite, dois soldados ucranianos sofreram ferimentos fatais”, informou o canal de televisão Fifth Channel.
O porta-voz do Conselho disse que seis soldados ucranianos morreram no último dia, e 13 ficaram feridos.