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Seif al-Islam Khadafi julgado num Tribunal líbio

O Tribunal Penal de Zentan (cerca de 175 quilómetros a sudoeste de Tripoli) organizou, Quinta-feira (18), a sua primeira sessão para julgar Seif al-Islam Kadafi, filho do antigo líder líbio Muamar Khadafi, por “atentado contra a segurança do Estado” e por “cumplicidade com uma delegação do Tribunal Penal Internacional” (TPI) que lhe visitou em Junho de 2012.

O porta-voz oficial do Procurador-Geral líbio, Tah al-Bear, revelou à imprensa que o réu é acusado de atentado à segurança do Estado, de tentativa de fuga e de ter “manchado a bandeira líbia”.

Ele precisou que o julgamento foi adiado para 2 de Maio de 2013 até Seif al-Islam encontrar um advogado para o defender.

Ele indicou que o julgamento de Seif al-Islam diante do Tribunal Penal de Zentaan não tem relação com as principais acusações contra ele que, segundo ele, serão objecto dum outro processo cuja data não precisou.

É a primeira vez que o filho de Khadafi apresenta-se diante dum tribunal líbio em Zentan, o que demonstra que os responsáveis locais e os dirigentes ex-rebeldes da cidade, uma das primeiras cidades a se revoltar contra o antigo regime, não desejam transferí-lo para o pôr à disposição dos aparelhos oficiais do Estado em Tripoli para o julgar pelos “crimes cometidos contra os Líbios” ligados à insurreição de 17 de Fevereiro na base da destituição do antigo regime.

A Líbia e o Tribunal Penal Internacional (TPI) desejam julgar Seif al-Islam e o ex-chefe dos Serviços de Informações líbias, Abdalah el-Senoussi, extraditado em Setembro pela Mauritânia.

O TPI lançou mandados de captura contra Khadafi, que foi preso e morto em Sirtes, a sua cidade natal, a 20 de Outubro de 2011, bem como contra o seu filho, Seif al-Islam, e o ex-chefe dos Serviços de Informações, Abdalaha el-Senoussi.

O Tribunal Penal de Zentan acusou a delegação do TPI e Seif al-Islam de “atentado contra a segurança do Estado” pela tentativa de troca de documentos.

A equipa do TPI, composta por quatro pessoas, foi presa a 7 de Junho depois duma visita que ela efectuou a Seif al-Islam Kadafi, que está preso em Zentan desde Novembro passado.

Ela foi libertada no início de Julho. As autoridades líbias acusam a advogada de Seif al-Islam, a Australiana Melanda Taylor, de ter levado com ela, durante a sua visita, uma caneta com câmara e uma mensagem codificada de Mohamed Ismael, um dos mais próximos colaboradores do filho de Khadafi, igualmente sob mandado de captura lançado pela Líbia.

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