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Segurança rodoviária: Governo investe em meios de fiscalização

O Governo moçambicano, através do Instituto Nacional de Viação (INAV) vai, a partir do próximo ano, investir na aquisição de equipamento especial para a fiscalização das rodovias, com o objectivo de reduzir o número de acidentes.

Nesse contexto, prevê-se adquirir câmaras fotográficas digitais, câmaras de filmar, câmaras de semáforo, câmara de placas, alcoolímetros quantitativos e qualitativos, lombas electrónicas, radares móveis e fixos, entre outros.

De acordo com Vasco Tovela, técnico do INAV, o país será, igualmente, apetrechado com meios circulantes, devendo, até ao ano 2016, contar com 85 veículos de operação, 31 viaturas com tracção às quatro rodas, 180 motociclos, 36 ambulância com equipamento para pronto socorro, entre outros.

A aquisição destes recursos materiais poderá custar aos cofres do Estado cerca de 55 milhões de dólares norte-americanos. Este investimento enquadra-se na década de acção para a segurança rodoviária 2011-2020, lançada semana passada, com o objectivo de pelo menos reduzir para metade o índice de mortes por acidentes de viação no país.

Estima-se que os acidentes de viação matam anualmente em media nove pessoas em cada 100 mil habitantes. Paralelamente a estas acções de fiscalização, o Governo vai melhorar a qualidade das vias de acesso, garantindo, desta forma, medidas de segurança rodoviária. A degradação das vias de acesso esta na origem de alguns acidentes, para alem de acelerar a degradação mecânica das viaturas.

“Ao longo destas década de acção para a segurança rodoviária vamos melhorar a qualidade e o acesso dos serviços de saúde de emergência para as vítimas de acidentes de viação e incentivar a utilização dos transportes públicos e promover o investimento na sua segurança”, frisou Tovela.

O Governo, no seu plano estratégico que visa materializar as acções com vista a garantir a segurança rodoviária, priorizou a fiscalização por reconhecer que os acidentes que ocorrem nas estradas moçambicanas estão directamente relacionados a conduta humana. O Governo entende que a conduta dos automobilistas deve ser moldada através de acções de educação e fiscalização forte e permanente.

Estima-se que em média Moçambique regista anualmente quatro mil acidentes, resultantes do excesso de velocidade, condução em estado de embriagues, desrespeito às regras de trânsito, má travessia do peão e viaturas em mau estado mecânico. No ano passado, Moçambique registou 4.547 acidentes de viação, que resultaram em 1.963 mortos, 3 mil feridos graves, 3.873 ligeiros, bem como “enormes” danos.

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