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Segurança alimentar carece de investimento em Moçambique

A segurança alimentar em Moçambique precisa de investimento com vista a reduzir as assimetrias do mercado agrícola, o desperdício de alimentos, expandir o uso de conhecimentos agrário para aumentar a produção que ainda continua muito aquém do desejado, defendeu o economista moçambicano, Manuel Aranda, que falava numa palestra sobre “Segurança Alimentar: Desafios Futuros”, na última sexta-feira (24), em Maputo.

Ele disse que o crescimento demográfico, as alterações climáticas, o influxo do mercado alimentar e outros factores são os principais desafios que exigem investimento para equilibrar a oferta e procura de alimentos.

O crescimento do rendimento per capita e do produto interno bruto (PIB), o fortalecimento e a estabilização da economia e estabilização da inflação são factores que contribuirão para a melhoria das condições de vida da população, mas se eles não definirem os mecanismos que acompanhem a dinâmica interna e mundial, os produtos alimentares vão escassear e a exportação irá aumentar de forma assustadora, realçou Aranda.

Ele defendeu ainda que há necessidade de introduzir mecanismo institucionais para remover as barreiras existentes no mercado alimentar internacional, o que possibilitaria reduzir as restrições existentes no processo de exportação, importação e criação de medidas de protecção dos países mais pobres.

Tal situação também iria diversificar o investimento, alargar o fluxo de produtos no mercado, eliminar as barreiras não tarifarias, melhorar a capacidade de resposta aos efeitos nefastos das mudanças climáticas e o efeito de estufa na qual 10 a 12 porcento dos casos são originados pelo sector agrário, devido ao uso excessivo de fertilizantes que emitem grandes quantidades de gases.

Outro factor que condiciona a actividade agrícola prende-se com a competição existente na disputa da terra entre os recursos minerais e o sector agrário, que está reduzir de forma drástica as zonas agrícolas e incrementar a procura da terra em 80 porcento em todo mundo, dos quais apenas oito porcento são disponibilizados aos agricultores, revelou Aranda.

“O consumo de energia vai crescer 30 porcento até 2030 e 70 porcento em 2050, situação que poderá acelerar e agudizar o nível de preço no mercado internacional”, assegurou o economista.

Segundo o palestrante o sector agrário consome 70 porcento da água produzida em todo globo e prevê-se que está cifra aumente com a rápida expansão urbana, industrialização agrícola e manutenção dos ecossistemas e biodiversidades.

Aranda aponta como desafios da segurança alimentar o aumento da produção por hectar, incremento do uso de tecnologias agrárias e intensificação da actividade para suprir a insuficiência mundial estimada em 40 porcento.

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