O sector agrário moçambicano está a debater-se com um défice orçamental de cerca de 2,2 biliões de dólares norte-americanos, situação apontada como estando a comprometer “seriamente” os índices de crescimento da produção programados na ordem de 7%/ano, entre 2012 e 2017.
Projecções do Governo apontavam que no período em análise o incremento dos níveis de produção agrícola iriam ser na ordem dos sete pontos percentuais por ano, mas tal facto já não irá acontecer devido ao défice acima apontado, segundo Lúcia Luciano, directora nacional adjunta da Economia do Ministério da Agricultura (MINAG).
Luciano indicou que o sector tinha aprovado, em 2011, um plano de investimento na ordem dos cerca de 3,1 mil milhões de dólares norte-americanos, para o desenvolvimento do sector até 2017 que “iriam contribuir para a duplicação dos níveis de produção agrícola no país”.
Entretanto, uma conferência sobre investimento no sector agrário deverá ter lugar em Novembro de 2012, na cidade de Maputo, visando mobilizar doadores externos para cobrirem o défice orçamental, de acordo ainda com a directora nacional adjunta da Economia do Ministério da Agricultura.
Entre 2004 e 2008, o sector agrário gastou o correspondente a cerca de 19 milhões de dólares norte-americanos em acções de investigação de variedades de sementes adaptáveis às condições agronómicas moçambicanas.
Aquela dirigente estatal falava, esta Quinta-feira (18), ao Correio da manhã, à margem de uma reunião de desenho de políticas e programas de desenvolvimento agrário baseados em evidências.
