Pelo menos cinco pessoas residentes na localidade de Chiuala Honde, no Posto Administrativo de Catandica, no distrito de Báruè, na província de Manica, queixaram-se às estruturas locais de terem sido vítimas de corrupção quando submeteram pedidos de financiamento dos seus projectos pelo Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo “sete milhões.”
Segundo a Rádio Comunitária Catandica em Báruè, o membro do Conselho Consultivo daquele ponto do país, Traímo Parato, disse que no ano passado, o primeiro secretário do partido Frelimo em Chiuala Honde, Bernardo Maqui, foi acusado pela população, nos encontros de visitas efectuadas pelas brigadas centrais desta formação política, de estar a fazer cobranças ilícitas no processo de aprovação e concessão dos “sete milhões.”
O interlocutor afirmou que numa das visitas da ministra da Mulher e da Acção Social, Yolanda Cintura, àquela localidade, um cidadão disse que Bernardo Maqui teria exigido 2.500 meticais para aprovar o seu plano com celeridade.
A Rádio Catandica interpelou o chefe da localidade de Chiuala Honde, Tomé Alfandega Maibegue, sobre as alegadas cobranças ilícitas por parte de Bernardo Maqui, tendo confirmado o facto. Acrescentou que sempre convidava o primeiro secretário da Frelimo para analisar os processos e aprovar os projectos referentes aos pedidos dos “sete milhões.”
Segundo ele, o governo local vai tomar medidas contra este tipo de comportamento. Entretanto, não foi possível entrar em contacto com o visado. O distrito de Báruè beneficia do FDD desde 2006.