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Sasol renova desejo de gás do Rovuma em gasoduto para África do Sul

Sasol renova desejo de gás do Rovuma em gasoduto para África do Sul

Jon Harris, vice presidente da petrolífera Sasol, que há quase duas décadas leva o gás natural de Inhambane para a África do Sul a preços muito baixos e trazendo pouco desenvolvimento para Moçambique, acredita na viabilidade de um gasoduto entre Palma e a Província de Gauteng tendo em vista levar o gás do Rovuma para suprir a demanda do mercado sul-africano.

Nenhum dos consórcios que se preparam para extrair e liquefazer o gás natural existente nas Áreas 1 e 4 do Bloco do Rovuma tem a África do Sul como potencial cliente, aliás os contratos de venda que a ENI e a Anadarko garantiram sequer prevêem esse mercado.

Contudo Moçambique vai ter disponíveis 950 milhões de pés cúbicos de gás natural para o mercado doméstico que, embora o Governo tenha em vista transformar em energia eléctrica, fertilizantes e combustíveis líquidos, representa uma quantidade acima da demanda dos consumidores nacionais onde a indústria quase deixou de existir.

Convidado a partilhar a experiência de quase duas décadas a explorar gás natural em Inhambane e leva-lo para África do Sul a preços bastante desvantajosos para Moçambique Jon Harris, vice Presidente da Sasol renovou, durante a Cimeira EUA –Africa o desejo de levar também o gás do Rovuma para o mercado sul-africano.

Harris clamou, nesta quarta-feira (19) em Maputo, que com a construção do gasoduto entre Temane e a África do Sul a petrolífera sul-africana foi capaz de industrializar Maputo, através da disponibilização de gás natural para a produção de energia eléctrica e como combustível para menos de três dezenas de estabelecimentos comerciais “vimos a industrialização a chegar com a operação que criamos”.

Na óptica do executivo da Sasol para além da liquefação que será realizada para exportação e viabilização dos empreendimentos da ENI, Anadarko e ExxonMobil, “pode-se transportar através de um gasoduto para os mercados que demandem. A oportunidade que vem aí para Moçambique, e a decisão tem de ser tomada, é se existirá suficiente demanda em local ou envia-lo para a África do Sul onde terá uma demanda maior”.

O desejo sul-africano não é novo existe um projecto da empresa SacOil Holdings para a instalação de um gasoduto de 2.600 quilómetros, orçado em 6 biliões de Dólares norte-americanos.

No entanto o Governo de Moçambique ainda não decidiu se irá disponibilizar o seu gás, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, questionado pelo @Verdade apenas disse: “Quando houver mercado e condições que viabilizem nada está contra”.

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