Os dignitários do antigo regime, incluindo o filho de Muamar Khadafi, Saif al-Islam Khadafi, e o seu chefe dos Serviços de Informações, Abdelah El-senoussi, serão brevemente julgados na Líbia, anunciou o gabinete do Procurador-Geral.
Entre os antigos dignitários que serão julgados diante dos tribunais figuram igualmente o ex-chefe do Serviço de Segurança Interna, Mansour Dhou, precisou o porta-voz do gabinete do Procurador, indicando que os interrogatórios destes detidos estava em curso por “várias acusações em prejuízo do povo líbio”.
Ele revelou que outras pessoas procuradas a nível internacional eram visadas pelas mesmas acusações. Justificando o atraso registado na apresentação destas pessoas diante da Justiça, o porta-voz do Tribunal indicou que “deve-se aos inquéritos em curso para elucidar a verdade”.
Segundo ele, os inquéritos são levados a cabo em conformidade com os procedimentos penais e com o respeito dos direitos humanos. Ele afirmou que o julgamento destes antigos dignitários visava enviar uma mensagem clara à opinião internacional e nacional de que a Justiça da Líbia é capaz de levar a cabo inquéritos sobre tais delitos.
Ele sublinhou que os interrogatórios e os inquéritos levados a cabo pelo Tribunal foram registados em mais de três mil páginas e os anexos em mil outras páginas. O Tribunal de Tripoli, encarregue de julgar os antigos dignitários, decidiu adiar para 7 de Agosto próximo o julgamento do último primeiro-ministro de Khadafi, Al-Baghadadi el-Mahmoudi.
As autoridades tunisinas detiveram Al-Baghadadi com dois dos seus companheiros, a 22 de Setembro de 2011, por entrada ilegal no território tunisino antes de o entregar, em Junho de 2012, ao Governo líbio.