A produtora russa de gás natural Gazprom anunciou, esta terça-feira (1), um aumento de mais de 40 por cento no preço do gás vendido para a Ucrânia, elevando a pressão económica sobre Kiev devido à crise com Moscovo.
As disputas sobre o preço já levaram no passado a cortes no fornecimento de gás russo para a Ucrânia e a consequentes quedas no fluxo ucraniano para a Europa, mas desta vez o impacto sobre Kiev deve ser minimizado por um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Agora a Ucrânia terá de pagar 385,50 dólares por 1.000 metros cúbicos de gás a partir do segundo trimestre, um aumento em relação ao preço de 268,50 dólares acertado em dezembro e um valor acima da média para os clientes da União Europeia, mas dentro do patamar esperado por Kiev.
A decisão, que já havia sido claramente indicada pelo presidente russo, Vladimir Putin, encerra um desconto que havia sido acertado em dezembro, antes da crise entre Moscou e Kiev devido à deposição do presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanukovich e à anexação da Crimeia.
O presidente-executivo da Gazprom, Alexei Miller, disse que o aumento se justifica devido à dívida da Ucrânia de 1,7 bilhão de dólares pelo fornecimento de gás.