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Ribáuè acolhe cerimónias do Dia Mundial da Água

Comemora-se hoje, 22 de Março, o Dia Mundial da Água, criado pelas Nações Unidas para dar visibilidade à Declaração Universal dos Direitos da Água, que apresenta uma série de medidas e sugestões que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão, que, regra geral, está directamente relacionada com o saneamento básico, o abastecimento de água potáve, manejo das água pluviais, colecta e tratamento de esgotos, limpeza urbano, manejo do resíduos sólidos e controlo de pragas, visando a saúde das comunidades.

Em Moçambique, o problema de acesso a água potável e saneamento básico, traz consequências nefastas para a saúde e sobrevivência das crianças, segundo dados avançados pelo Relatório das Nações Unidas “A Pobreza na Infância em Moçambique: Uma análise da Situação e das Tendências”, publicado em finais de 2006. O referido relatório, avança, ainda, que 49 por cento das crianças enfrentam privação severa de água e 47 de saneamento, o que faz da água e saneamento as privações mais generalizadas vividas por crianças, com maior incidência para crianças das zonas rurais, onde a privação chega a 61 por cento.

De referir que o baixo acesso ao abastecimento de água e ao saneamento básico representam factores-chave para a prevalência elevada de doenças diarreicas. Os dados sobre a mortalidade infantil, demonstram que nos desafios de gestão dos recursos hídricos, a qualidade é tão importante quanto a quantidade, pelo que é preciso levar a cabo acções que tenham em vista promover a consciencialização sobre a conservação de ecossistemas saudáveis para o bem-estar humano, abordando os crescentes desafios em relação à qualidade da água, alertando o Governo, as comunidades e pessoas em todo o país para que adoptem medidas preventivas em relação a contaminação da água.

Impacto nas crianças?

Água não potável e higiene precária têm um grande e nefasto impacto na sobrevivência, desenvolvimento e educação das crianças porque elas são mais susceptíveis a contracção de doenças infecciosas, como a diarreia, cólera, responsáveis pelo elevado índice de mortalidade infantil, As doenças com origem na água são a causa de muitas doenças; malnutrição e infecções por parasitas intestinais (lombrigas), que lhes sugam os nutrientes e causam-lhes a perda de peso e raquitismo. Todos os anos, estas doenças deterioram os sistemas de saúde e condenam milhões de crianças a perderem a vida ou se tornarem portadoras de deficiência permanente e, assim, arruinando suas potencialidades.

Na educação, os efeitos negativos vão desde a fraca afluência das crianças a escola, principalmente, da rapariga, devido a doenças com origem na falta de água e de um saneamento básico adequado, ao fraco aproveitamento escolar. Tem, igualmente, impacto para a rapariga, dado que é o segmento mais sacrificado na colecta de água em comunidades onde os fontenários distam das residências e consequentemente da escola.

Consequência, igualmente negativa, do não acesso a água potável e condições de higiene mínimas, por parte da Criança, é o seu subdesenvolvimento crónico. Um reforço de políticas, planos e acções nacionais no sector da água poderá incrementar o acesso da água para todos e, principalmente, dinamizar melhorias consideráveis nas taxas de saúde e de educação da Criança, que deve ser envolvida nos projectos de água e saneamento, pois, a transmissão de boas práticas de higiene e de conservação da água, nas escolas, leva a que este segmento dissemine a informação pelas comunidades, granjeando mudanças positivas. Sob o lema:

“Água limpa par um Moçambique Saudável”, comemora-se hoje o Dia Mundial de Água. Ao nível de Nampula, o acto oficial tem lugar na vila municipal de Ribàué, em cerimónia a ser dirigida por representantes do governo provincial e que inclui uma palestra sobre água limpa e demonstração sobre o tratamento e conservação da água.

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