O fornecimento de energia eléctrica e água potável estão novamente restaurados na cidade de Chókwè, província meridional de Gaza, mercê do abrandamento das águas que invadiram e deixaram submersa a urbe, semana passada, provocando cheias com danos ainda por quantificar.
A restauração da corrente eléctrica e do precioso líquido está a chegar, desde domingo e a título experimental, à zona cimento da cidade de Chókwè, devendo, brevemente, contemplar as áreas da urbe ainda desprovidas, no quadro de esforços visando repor a funcionalidade dos serviços básicos naquele distrito.
O Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), braço executivo do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), disse que a situação da província de Gaza, a mais afectada pela situação de cheias no país, tem actualmente um universo de 138.597 pessoas deslocadas, que estão acomodadas em 26 centros para o efeito instalados.
Rita de Almeida, porta-voz do CENOE, disse hoje, em Maputo, que após a avaliação feita pelas empresas responsáveis as redes de provisão desses serviços decidiram restaurar o acesso aos consumidores, devendo normalizar-se muito em breve.
Almeida disse, por outro lado, que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) colocarão 100 homens do exército a auxiliar no processo de limpeza daquela urbe que, além de resíduos sólidos variados não escapou um revestimento de lama provocado pelas águas do Limpopo.
Segundo a fonte, os 25 voos efectuados segunda-feira pelos cinco helicópteros em missão de auxílio humanitário permitiram estabelecer uma ponte aérea com a zona norte da província de Gaza que continua inacessível quer por estrada quer por ferrovia, para repor as reservas que estavam na iminência de escassear devido ao corte da comunicação.
Sem quantificar os volumes exactos, a fonte afirmou que o INGC continua a necessitar de mais tendas, lonas plásticas, redes mosquiteiras, mantas, roupa, bens alimentares, sais, sabão, material escolar entre outros bens de utilidade indispensável neste momento.
A malária, diarreia, infecções respiratórias agudas, conjuntivites, ferimentos ligeiros figuram na lista de doenças comuns nos centros, porém não se quantificou, na ocasião, o número de pessoas que já deu entrada nos centros de saúde mais próximos após o diagnóstico de tais enfermidades.
A província de Gaza já registou um total de 41 óbitos desde o primeiro dia do mês de Janeiro até ao momento, provocados por diversas causas, incluindo as cheias que assolam a aquela parcela do país.