Houve o caos e a desordem quinta-feira na Assembleia Nacional sul-africana, depois de o seu presidente ter tentado limitar a intervenção de alguns opositores desejosos de adotar uma resolução para demitir o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, na sequência de um escândalo sobre a renovação duma das suas residências privadas.
John Steenhuisen, chefe do grupo parlamentar da Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição, declarou que a presidente do Parlamento não tem o direito nem a competência de limitar o tempo dos debates e das discussões por se tratar de uma resolução dos deputados da oposição. Atuando assim, segundo ele, ele está a “abusar do seu poder”, o que ocasionou depois um verdadeiro caos no seio do Parlamento sul-africano. Durante 30 minutos, os deputados da oposição estavam de pé cantando e aplaudindo, reclamar pela partida da sala do Presidente da Assembleia Nacional.
O partido no poder, ANC deplorou a indisciplina e o caos total perpetrados por parlamentares da oposição. Sete partidos da oposição tinham antes anunciado que aproveitariam a sessão desta quinta-feira da Assembleia Nacional sul-africana para exigir do Presidente Zuma para se demitir do seu cargo.
Os partidos fazem alusão ao escândalo que revela uma suposta utilização do dinheiro do contribuinte sul-africano, estimado em 20 milhões de dólares americanos, pelo Presidente Zuma para renovar uma das suas residências privadas em Nkandla, a sua aldeia natal.