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Residentes de Namicopo queixam-se de encurtamento de rotas

Munícipes residentes no bairro de Namicopo, arredores da cidade de Nampula, Norte de Moçambique mostram-se preocupados em relação a crescente situação de encurtamento de rotas por parte dos transportadores semi-colectivos vulgarmente conhecidos por “Chapa-cem” que operam na rota Faina – Namicopo passando pela Avenida do Trabalho.

A preocupação surge pelo facto de mesmo com a introdução dos pontos intermediários, onde em cada ponto os passageiros pagam o valor de cinco meticais, os transportadores preferem não cumprir com as suas obrigações.

Para o bairro de Namicopo, a Associação dos Transportadores (ASTRA) de Nampula estabeleceu como ponto intermediário a zona dos CFM, mas o que acontece é que os chapas terminam na rotunda do Aeroporto Internacional de Nampula, há pelo menos três quilómetros e os passageiros são cobrados a taxa de cinco meticais. E para chegar nos CFM seriam necessários outros cinco meticais. Se tivermos em conta que um passageiro esteja interessado em chegar na Faina deverá pagar uma taxa de 15 meticais contra os dez meticais fixados, sendo cinco para cada ponto intermediário.

Entretanto, esta atitude dos transportadores é contestada pelos munícipes que afirmam que estão a ser injustiçados pelos chapeiros, pois são obrigados a pagar valores adicionais para chegar ao seu destino.

António Chale disse ao @Verdade que os dirigentes da ASTRA já tem conhecimento sobre o assunto mas nada fazem para pôr cobro a situação.

Angelina dos Santos de 31 anos de idade desconfia que os automobilistas das viaturas que prestam o serviço de transporte de passageiros não tenham regularizado a sua aituação junto das autoridades do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATER) e optam pelo encurtamento de rota para escapar-se das actividades de fiscalização que os agentes da Polícia Trânsito têm levado a cabo nas estradas. Para evitar a atitude vista como de oportunismo, muitos munícipes preferem solicitar os taxi-motas que já circulam em abundância naquela zona residencial.

Para aquele tipo de transporte os preços rondam entre 10 meticais a 60 meticais ou mais dependendo da distância do destino onde o cliente pretende chegar.

Amilcar António, operador de chapa-cem no bairro de Namicopo explicou a reportagem do nosso jornal que os transportadores de passageiros semi-colectivos começaram a encurtar as rotas por entender que a distância para chegar ao ponto intermediário estabelecido pelo município não lhes ajuda a produzir a receita diária exigida pelos proprietários das viaturas.

Alguns operadores de chapa-cem que não quiseram identificar-se afirmaram que uma das coisas que lhes obriga a optar pelo encurtamento de rota é a questão relacionada com as péssimas condições de transitabilidade que as estradas apresentam, facto que obriga a sumeter as viaturas nas oficinas para fazer a substituição de algumas peças danificadas.

Os buracos que já tomam conta as ruas e Avenidas da cidade de Nampula não são vistos com bons olhos pelos transportadores de passageiros semi-colectivos. Refira-se que a zona de Namicopo raras vezes tem beneficiado das actividades de fiscalização por parte dos agentes da polícia de trânsito com vista a fazer cumprir o Código de Estrada em vigor no país.

Nem os homens da polícia municipal realizam a fiscalização de modo a forçar o cumprimento das rotas em benefício dos munícipes.

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