Entre os representantes do povo naquela “Magna Casa”, destaque vai para os famigerados “incendiários” António Pedro Muchanga e Jerónimo Malagueta, no passado detido e perdoados pelo Estado à Luz da Lei de Amnistia aprovada no âmbito de cessar das hostilidades militares; José Samo Gudo, Manuel Bissopo, Maria Angelina Inoque, Mohamad Yassine, Viana Magalhães, Eduardo Namburete.
Ivone Soares, que sempre esteve perto do líder Afonso Dhlakama, foi indicada para chefiar a bancada da Renamo, durante a VIII legislatura que realiza esta quinta-feira (12) a sua primeira sessão extraordinário.
Com 35 anos de idade, Ivone Soares é um dos membros ferrenhos da Renamo. É formada em Ciências da Comunicação. Aquando das negociações para a assinatura do Acordo sobre Cessação das Hostilidades Militares em Moçambique (Lei no.29/2014, de 09 de Setembro), a jovem a desempenhou um papel fundamental nos contactos com a diplomacia internacional e o seu líder.
A tomada de posse dos deputados da Renamo marca o fim do boicote que perdurava em virtude do não reconhecimento dos resultados das eleições gerais em Moçambique, ganha pela Frelimo e seu candidato, no entender da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Conselho Constitucional, órgãos teleguiados pelo regime, segundo a opinião pública e de vários entendidos em política.
Refira-se que os deputados da Renamo tomaram posse depois de dois encontros entre Afonso Dhlakama e o Presidente da República Filipe Nyusi, num dos quais ficou acordado que este partido deve submeter ao Parlamento um ante-projecto de criação de “regiões autónomas” nas províncias onde a “Perdiz” diz ter ganho as eleições passadas, mas houve fraude perpetrada pela Frelimo.