A Renamo está a preparar-se para participar nas eleições gerais de 15 de Outubro próximo, ao mesmo tempo que defende, teoricamente, um cessar-fogo entre o seu braço armado e as tropas do Governo para que o seu líder, Afonso Dhlakama, regresse em segurança à cidade de Maputo e, também, à vida política.
Com efeito, este partido tem já montados, em todas as províncias do país, brigadas centrais de preparação das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais.
Como parte do seu trabalho no âmbito dessa preparação, as brigadas têm a responsabilidade de informar os militantes da organização sobre a aprovação da proposta de revisão do Pacote Eleitoral, onde estão incluídas as suas reivindicações e, portanto, com novas regras de jogo.
“Temos um pacote eleitoral consensual, inclusivo e que dá garantias de que, efectivamente, podemos participar, controlar e opinar à volta dos processos eleitorais”, disse o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, indicando a mensagem que deve ser espalhada pelas brigadas.
Estas equipas centrais serão posteriormente replicadas a nível provincial, distrital. Estas últimas, por sua vez, farão o trabalho nos postos administrativos, localidades e nos bairros.
Recenseamento
Aquele que se sentir excluído, fundamenta, tem, agora, onde ir reclamar. Temos nos órgãos membros da Renamo, Frelimo, MDM e ainda da sociedade civil, que farão o controlo para que as pessoas não sejam discriminadas do recenseamento, porque a inscrição é a condição sem a qual não se pode votar.
A Renamo reitera que participará nas eleições marcadas para 15 de Outubro, porque é parte integrante da democracia multipartidária. “Uma democracia que nós escolhemos, na qual o alcance do poder se faz através do voto”, diz Mazanga e sentencia: a “Renamo já está no terreno e não vamos regressar mais”.