O partido Renamo negou nesta quinta-feira(19) estar a movimentar homens armados nas províncias de Inhambane e Gaza devolvendo as acusações ao Governo por alegadamente deslocar forças e meios de guerra. “Quem tem vindo a violar o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares são as forças do Governo, que montaram novas posições em Inhambane, Sofala, Tete, Zambézia e Nampula” disse, em conferência de imprensa, António Muchanga, porta-voz do Presidente do partido.
“O Governo tem movimentado as Forças Armadas e a Polícia de Intervenção Rápida, incluindo material de guerra, para várias províncias” acrescentou Muchanga que admitiu que membros do braço armado do movimento atravessaram da província de Inhambane para Gaza, para se distanciarem das forças governamentais, com o objetivo de evitarem confrontos com o exército.
“Os homens da Renamo vivem pacificamente com as populações em todo o país. Queremos tranquilizar os moçambicanos, informando que as forças da Renamo têm um comando bem organizado e estruturado”, afirmou António Muchanga.
Muchanga disse que os homens armados do movimento que se encontram em Inhambane já lá estavam quando foi assinado o Acordo de Cessação das Hostilidades entre o Governo e a Renamo, no ano passado, e devem permanecer no local até à sua integração nas Forças Armadas e na polícia ou passarem à vida civil.
Na segunda-feira, no final da ronda negocial entre o Governo e o partido Renamo, o chefe da delegação do executivo, José Pacheco, acusou o principal partido de oposição de estar a movimentar homens armados nas províncias de Inhambane e Gaza, classificando a suposta movimentação como uma violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares.