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Renamo acusa Governo e STAE de coligação “para impedir recenseamento eleitoral abrangente”

Gerais 2019: Ossufo Momade acusa direcção do STAE de desleixo

Foto de Adérito CaldeiraNo 2º dia do registo de eleitores para as Eleições Gerais de 15 de Outubro o presidente do partido Renamo acusou o Governo do partido Frelimo e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de estarem “coligadas para impedir um recenseamento eleitoral abrangente, usando, para o efeito, manobras maquiavélicas próprias para reduzir o número de eleitores”.

Ossufo Momade disse a jornalistas que o Recenseamento Eleitoral iniciado nesta segunda-feira (15) “vai encontrar obstáculos causados pelo Governo e pelo STAE. Estas duas entidades estão coligadas para impedir um recenseamento eleitoral abrangente, usando para o efeito, manobras maquiavélicas próprias para reduzir o número de eleitores”.

O líder do maior partido de oposição recordou, falando em teleconferência nesta terça-feira (16) a partir da Serra da Gorongosa, do apelo que a sua formação política fez para adiamento o início do registo de eleitores tendo em conta os impactos do Ciclone IDAI e cheias que se seguiram no Centro de Moçambique que afectaram mais de 1,5 milhões de pessoas, pelo menos um terço potenciais eleitores em províncias de grande influência da Renamo.

“(…) Censuramos o Governo por não pôr em prática os seus discursos de diálogo permanente, pois, o pedido de adiamento do recenseamento eleitoral por 45 dias enquadra-se na esfera do diálogo inclusivo”, lamentou Momade.

Embora de uma forma geral sejam habituais problemas nos primeiros dias de Recenseamentos eleitorais o primeiro efeito das Calamidades Naturais na Província de Sofala, onde devem ser registados 1.149.000 potenciais eleitores, foi a inacessibilidade a algumas dezenas de locais previamente definidos para as brigadas posicionarem-se.

O director do STAE em Sofala, Jorge Dunquene, admitiu que mais duas dezenas de brigadas de recenseamento não conseguiram ainda fazer-se aos seus locais de funcionamento nos distritos de Búzi, Dondo, Nhamatanda e na Cidade da Beira, “não conseguimos entrar nem de barco porque não são especificamente rios que se encontram inundados, são áreas residências com arbustos e obstáculos”.

O desafio que se seguirá é esperar pelos potenciais eleitores que muitos deles terão abandonados as suas residências inundadas e outros mesmo foram sido movidos para centros de acomodação ou zonas mais seguras.

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