As relações económicas entre Moçambique e Itália estão cada vez mais activas, um forte sinal de que as partes estão interessadas em explorar as numerosas oportunidades de negócio que ambos os países detêm.
O facto foi revelado esta quarta-feira, em Maputo, em conferência de imprensa, pelo Embaixador italiano em Moçambique, Carlo Lo Cascio, na sequência da visita de dois dias que o Ministro italiano do Desenvolvimento Económico, Cláudio Scajola, vai realizar ao país, a partir da próxima segunda-feira. “Trata-se de um forte sinal do renovado interesse da Itália em relação as numerosas possibilidades de investimento em Moçambique, para além da instauração das relações económicas mais estreitas entre os nossos dois países, tanto a nível institucional como a nível empresarial”, frisou o Embaixador.
Durante a visita, está prevista a finalização de dois protocolos de cooperação, um na área de energia e o outro na cooperação empresarial, mas sempre num quadro de vantagens recíprocas. Em 2008, o intercâmbio comercial entre Moçambique e Itália foi de 389 milhões de dólares americanos, tendo este país europeu se posicionado no segundo maior importador de produtos moçambicanos, a escala mundial, depois da vizinha Africa do Sul. Em 2008, uma das principais importações da Itália, a partir de Moçambique, foi o alumínio que totalizou cerca de 250 milhões de dólares.
Esta cifra significou uma redução devido a crise mundial e a queda do preço do alumínio no mercado mundial. Moçambique, para além de importar da Itália maquinaria agrícola, entre outros produtos, recebe apoio directo ao seu Orçamento do Estado.
“É importante não só termos relações intensas, mas também uma continuidade das nossas relações”, sublinhou o embaixador. Durante a sua permanência em Maputo, o Ministro italiano deverá manter encontros com a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, e com os Ministros da Energia, Salvador Namburete, e da Industria e Comercio, António Fernando, para além de visitar a FACIM, onde a Itália participa com cerca de quatro dezenas de empresas.