O Reitor da Universidade Mussa Bin Bique (UMBB), em Nampula, diz que está a ser alvo de ameaças que atentam contra a sua integridade física, moral e psicológica. Casimiro Givá pressupõe que, no cerne das ameaças, poderá estar o atraso que se verifica no pagamento de salários dos últimos três meses, que está a gerar um clima de intolerância entre os trabalhadores.
Aliás, as mensagens anónimas contra Casimiro Givá emitidas através de telefone móvel celular por desconhecidos e que a nossa reportagem teve acesso, focalizam a questão dos salários devidos a mais de sessenta trabalhadores, entre docentes e pessoal ligado à área administrativa.
Há dias, uma das trabalhadoras da UMBB teve que apelar pela solidariedade dos colegas da instituição como forma de reunir fundos necessários para suportar as despesas do funeral de um parente que perdera a vida em Nampula.
Esse facto consta de uma das várias mensagens, a que a nossa reportagem teve acesso, emitidas de um número desconhecido para o reitor da UMBB, na qual Casimiro Givá é instado a encontrar uma solução rápida para o problema da falta de fundos para o pagamento de salários sob pena de colocar a sua vida em risco.
Casimiro Givá disse acreditar que as mensagens anónimas intimidatórias estejam a ser emitidas por pessoas desconhecidas ligadas a membros de uma ala que integra o Centro de Formação Islâmica, patrono daquela universidade que lecciona os cursos de gestão e contabilidade e ciências agrárias, que contestam o actual elenco que gere a UMBB. Refira-se que a UMBB está vedada de movimentar as suas contas nos bancos comerciais pelo facto daquelas instituições não reconhecerem a legitimidade do actual gestor para o efeito.
Essa posição baseia-se na decisão judicial que apenas reconhece a direcção da UMBB privada de gerir aquela instituição de ensino devido a um “golpe” operado há cerca de três meses por uma das alas do CFI.
