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Refugiados sírios em fuga de bombardeios estão encurralados na fronteira turca

A Turquia está a recusar a entrada de famílias sírias sem passaporte depois do fluxo de refugiados ocasionado pela intensificação de “bombardeios com barris” contra a cidade de Aleppo ter provocado uma super lotação nos campos de refugiados, disse a Fundação de Ajuda Humanitária Turca (Faht), esta quarta-feira (5).

Uma das maiores aliadas da oposição síria, a Turquia tem acolhida centenas de milhares de refugiados sírios. Mas os recursos tem escasseado na fronteira turca depois de as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, intensificarem os ataques a Aleppo, lançando bombas confeccionadas em barris contra a segunda maior cidade da Síria e ganhando terreno sobre os rebeldes enfraquecidos por seguidas semanas de confrontos internos.

“Os campos em Kilis estão, infelizmente, com a capacidade esgotada, mas há espaço disponível noutros campos”, disse um assessor de imprensa da agência estatal turca para desastres, Afad, referindo-se aos campos próximo à fronteira entre Turquia e Síria.

Ancara mantém-se fiel a sua política de “fronteiras abertas” e refugiados serão aceitos “depois de necessários controles de segurança”, informou o assessor de imprensa. Um campo dentro da Síria, próximo a passagem fronteiriça de Bab al-Salam, a cerca de 50 km ao norte Aleppo, também está lotado, disse o assessor da Faht, acrescentando que a população no local subiu de 14 mil para 25 mil na semana passada.

“Os sírios que não entram na Turquia estão a abrigar-se na Síria – apenas sob cobertores”, disse o assessor de imprensa. As temperaturas na região chegam a temperaturas abaixo de zero

A polícia turca na posto de controle fronteiriço Oncupinar, em frente a Bab al-Salam, disse que as restrições se aplicam a aqueles sem passaporte, mas que a fronteira estava aberta e sem aglomeração de pessoas.

Mais a leste, o Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que por pelo menos dezoito dias as autoridades turcas impediram mais de 2 mil refugiados, incluindo mulheres com crianças, de cruzarem a fronteira com a Turquia depois de fugirem da cidade de Raqqa.

“A maioria está a viver ao ar livre, perto do arame farpado da fronteira de Tel Abyad”, disse o observatório, sediado em Londres.

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