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Reembolso do Fundo do Desenvolvimento Distrital feito aos pingos

O governo de Monapo reconhece estar a enfrentar sérias dificuldades para a recuperação dos mais de 37 milhões de meticais em poder de alguns membros das comunidades daquele distrito, disponibilizados, a título de crédito para viabilizar alguns projectos produção de comida e de geração de rendimento.

Pois que o valor retornado nos últimos quatro anos não vai além de 3 milhões de meticais. Salvador Talapa, administrador de Monapo, diz estar consciente do problema e que está a empreender todas as diligências no sentido de persuadir as pessoas a devolverem os valores, anotando que, num dos encontros de avaliação da situação, chegamos à conclusão de que tínhamos que envolver, na cobrança dos valores, os líderes das comunidades onde vivem os mutuários em causa.

O nosso interlocutor refere, a propósito, que as pessoas se esqueceram eventualmente de que os tractores, as juntas de bois para a tracção animal, as indústrias moageiras, as cantinas rurais, as machambas e outras infra-estruturas foram adquiridas, instaladas com fundos do FDD, sob a condição de devolução por forma a serem disponibilizados a outros membros da comunidade.

Com efeito, desde o ano de 2006, altura em que o governo lançou o programa de Finanças para promoção de iniciativas locais (FIL), que, mais tarde, se transformou em Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), o governo central encaminhou para o distrito de Monapo mais de 42 milhões de meticais.

Daquele montante, o Estado recuperou nos últimos quatro anos, apenas cerca de 3 milhões de meticais. Segundo apuramos, desde o lançamento do programa de Financiamento das Iniciativas Locais (FIL), em 2006, foram canalizados para Monapo, pouco mais de 42 milhões de meticais para viabilizar 265 projectos.

Mercê disso, a nossa Reportagem constatou que as comunidades do distrito de Monapo já praticam agricultura mecanizada, facto que contribuiu para o aumento das áreas de cultivo, já tem a noção do uso de algumas tecnologias de produção, designadamente adubos e fertilizantes, para além de melhorarem as suas vidas, construindo casas melhoradas, adquirindo motorizadas e outros bens.

Na campanha agrícola finda, o distrito conseguiu produzir 315 mil toneladas de produtos cerealíferos e de rendimento, cifra que, segundo ficamos a saber, representa uma subida de 13 por cento relativamente ao programado na safra 2008/9.

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